sábado, 21 de janeiro de 2012

ELEMENTOS ESSENCIAIS À VIDA CRISTÃ - IV


Nesta última abordagem dos elementos essenciais à vida cristã que devem ser experimentados nos PGs vamos falar de Confraternização.

    4) CONFRATERNIZAÇÃO – Este quarto elemento essencial à vida cristã, diz respeito a nossa condição humana. As pessoas precisam relacionar-se e fazê-lo com graça e leveza. Jesus ia às festas de seu tempo (Jo 2.1-11); tinha amigos e freqüentava suas casas (Jo 11.1-45); comia nas casas das pessoas (Lc 24.41-43). Seus discípulos, da mesma forma, estabeleceram relacionamentos fraternos que exaltavam a identidade cristã e estabeleciam vínculos que eram a marca de uma Igreja nascente e acolhedora (At 2.42-47). Quando o teólogo e filósofo Pierre Teilhard de Chardin, disse: “no men is an island” – a célebre frase “nenhum homem é uma ilha” –, ele quis mostrar que o homem não consegue viver isoladamente e que cada ser precisa dos outros para subsistir. Isso é muito mais verdadeiro para nós cristãos.
   
Viver em sociedade é próprio da humanidade e marca determinante do cristianismo. O cristianismo é religião grupal, que se reflete nas camadas populares e trabalha como fermento para conduzir os indivíduos ao desenvolvimento pessoal e coletivo. Nos PGs vamos dar vazão a esta necessidade humana de relacionar-se e fazê-lo com criatividade. Os PGs devem constituir-se em ambiente agradável, onde cada integrante se sinta bem e com desejo de retornar sempre.
   
Nos PGs podem faltar os cânticos, mas não podem faltar os biscoitos e o chá. Isto significa que a espiritualidade também acontece naquilo que aparentemente é carnal, material ou secular seja qual for o jargão “evangeliquês” que se use para designar tal assertiva. Isto porque a presença de Deus e seu Espírito consolador, conciliador, agregador e abençoador pode se fazer sentir muito mais num gostoso bate-papo acolhedor pós-estudo bíblico do que num cântico desafinado e despropositado de reunião evangélica formal. (Até porque “não saber cantar”, “não saber tocar” e “não possuir instrumentos musicais”, têm sido desculpas muito corriqueiras para não se colocar na linha de frente do cumprimento da missão evangélica da anunciação do Cristo.) Não se assuste com esta expressão! Não estou descartando o louvor como elemento bem-vindo à adoração. Só estamos advogando a necessidade de tocar sensivelmente as carências totais do indivíduo, promovendo sua aceitação e integração através da linguagem universal da confraternização proporcionada por um lanche despretensioso. O louvor, em nossa estratégia de trabalho, terá seu lugar nobre nas Celebrações Coletivas do Templo.

    Que a graça benfazeja do Filho, o amor incondicional do Pai, e a presença aliançadora do Espírito nos acompanhem sempre e, agora, nos levem ao crescimento espiritual através dessa proposta de trabalho dos PGs. Ah, você já declarou para o Pai, hoje: “Pai, eu pertenço a Ti!” Não?! Então o faça agora!

Nenhum comentário:

Postar um comentário