sexta-feira, 3 de junho de 2011

COMO SER CRENTE EM MEIO A TANTAS RELIGIÕES VI



Encerramos hoje esta série sobre as religiões contemporâneas, tratando de um segmento muito popular no Brasil, mas que se afastou terrivelmente da Palavra de Deus. Os movimentos pentecostais e neo-pentecostais, de forte apelo popular, promoveram um sincretismo religioso muito grande com o catolicismo, o espiritismo e outras tendências religiosas e, dessa forma, expandiram-se no país. Vamos analisar estas tendências encerrando assim esta análise.

Os movimentos religiosos pentecostais e neo-pentecostais
Este foi o segmento que mais cresceu no evangelicalismo brasileiro. Durante a segunda metade do Século XX (pentecostal) e a partir da década de 80 (neo-pentecostal). Mas, crescimento não é sinônimo de aprovação divina e de conformidade com sua Palavra. O problema básico que se vê no pentecostalismo é a chamada "segunda bênção", uma crença em que a experiência de aceitação de Cristo não é o bastante. Faz-se necessária uma segunda experiência, que seria o batismo com o Espírito Santo; e sua evidência exterior, o falar em línguas.
Quando indagado de forma irônica por alguém deste segmento sobre se o Batista é batizado no Espírito, costumo responder dizendo que se não for batizado no Espírito não é Batista e muito menos cristão. Não conheço nenhum cristão genuíno que não seja batizado no Espírito, pois é ele quem nos convence "do pecado, da justiça e do juízo" (cf. Jo 16.8-11) e nos conduz a Deus. É uma questão de semiótica, de articulação dos signos verbais. Só que nesta questão, acaba-se desmerecendo o papel salvador de Cristo, ao torná-lo dependente da segunda bênção.
Já entre as seitas neo-pentecostais, a questão é mais séria. Este desdobramento do pentecostalismo gerou uma série de distorções muito distantes do cristianismo primitivo. Igrejas como: Comunidade Sara a Nossa Terra, Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça, Renascer em Cristo, Batista da Lagoinha, Palavra da Fé, dentre outras, deixaram-se tomar por influências americanas de tele-evangelistas; e importaram a teologia da prosperidade, a confissão positiva, um psicologismo fácil com regressão, quebra de maldição, espíritos territoriais e outras besteiras que possuem toda a característica de magismo e macumbaria e representam um apego demasiado às coisas terrenas, aos prazeres desta vida, e pouco interesse nas realidades verdadeiramente espirituais.

Aplicações para a vida
Precisamos nos precaver e proteger nossas famílias destas influências nocivas provenientes de religiosidades que até se identificam como cristãs, mas que estão muito longe de o serem. A melhor maneira de fazê-lo é tomando o caminho do biblicamente correto. Se seguirmos a Bíblia com inteireza de coração, evitaremos o risco da queda nas armadilhas dos movimentos religiosos contemporâneos.
Alguns desafios são: 1ª) Buscar uma vida de santidade - Temos a recomendação paulina de que devemos nos purificar, e aperfeiçoar a santidade, no temor de Deus (2Co 7.1), pois foi para a santificação que Deus nos chamou (1Ts 4.7). Além disso, seguir a santificação é condição para ver o Senhor (Hb 12.14). Uma vida de santidade nos ajuda a vencer as heresias do mundo presente.
2ª) Examinar tudo e reter o que é bom - Precisamos também aprender a exercer uma consciência crítica sobre tudo o que está ao nosso redor, à semelhança da atitude dos bereanos que examinavam tudo para saber se estava escrituristicamente correto (At 17.11); e por a prova todas as coisas, retendo o que for bom, como recomendou Paulo (1Ts 5.21).
3ª) Ter cuidado com os ventos de doutrina - Não é de hoje que novos ventos de doutrina destelham casas por aí. A família cristã precisa se fortalecer para não ser levada como "meninos inconstantes", "ao redor, por todo vento de doutrina" (Ef 4.14).
4ª) Seguir a sã doutrina - Existem homens que são contrários a "sã doutrina" (1Tm 1.10). A família cristã deve permanecer firme na "doutrina dos apóstolos" (At 2.42), à semelhança dos crentes do primeiro século, e viver o Evangelho com integridade.
Que Deus nos oriente a ficarmos firmes na sua Palavra sabendo discernir, pela Palavra, o que é de Deus e o que não é.

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