quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PAI, EU PERTENÇO A TI!


“Ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai...” (Lc 11.2a). Que bom quando podemos reconhecer em Deus um Pai querido. Não um pai qualquer, mas o Pai de Cristo que nos adota como filhos e nos torna pertencentes à sua família. Jesus Cristo divide conosco seu Pai e nos ensina a relacionarmo-nos com Ele, mostrando que quando orarmos, devemos fazê-lo chamando a Deus de Pai. Chamar a Deus de Pai é algo especial por alguns motivos:

1º) PERTENCER AO PAI NOS DÁ CONFORTO – Assim como precisamos de uma família na Terra e isto nos dá conforto para vários momentos da vida; pertencer a Deus, e tê-lo como Pai, nos assegura o conforto espiritual de que precisamos para a nossa vida terrena. O conforto da presença de alguém que nos assiste, que nos acaricia, que nos ama. Como é bom ter a Deus como Pai e poder expressarmo-nos dessa maneira, declarando de forma clara e contundente que é bom pertencer a um Pai presente, atuante, amável. 

2º) PERTENCER AO PAI NOS DÁ SEGURANÇA – Outro aspecto muito reconfortante de pertencer a Deus é a segurança que dele advém. Quem está com o Pai está seguro. O Pai protege, ampara, cuida. Debaixo de sua proteção divina estamos realmente seguros. Não há o que temer vindo de onde for, quando for, e por quem for. Nosso Pai celeste propicia a segurança que nos dá condições de viver em paz. Seja espanto da noite ou surpresa do dia, qualquer situação pode ser enfrentada quando desfrutamos da segurança do Pai.

3º) PERTENCER AO PAI NOS DÁ SENTIDO DE VIDA – No meio de tanta gente perdida neste mundo, que não sabe o que está fazendo aqui; não tem noção de onde veio nem para onde vai, podemos ter razão de existência. Este sentido de vida é decorrente da idéia de pertencimento que temos quando nos sentimos acolhidos pelo Pai em sua família e desfrutamos da alegria da comunhão da família de Deus.

4º) PERTENCER AO PAI NOS DÁ ESPERANÇA DE FUTURO – Além de tudo que já vimos, pertencer ao Pai nos assegura um futuro de glória. A esperança cristã aponta para a vida eterna, para o futuro com Deus nos céus. Podemos viver o que for neste tempo presente que nossa morada o Pai assegura. Essa esperança de futuro não existe mais na vida de milhões de jovens que querem viver intensamente o presente sem preocupar-se com o amanhã. Nosso amanhã o Pai já preparou e é bom.

Que o Pai nos abençoe sempre e que saibamos manter esta relação de amor com Ele. Ah, você já declarou para ele hoje: “Pai, eu pertenço a Ti!” Não?! Então faça agora!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

TODOS OS ANJOS E DEMÔNIOS




“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12 ).

Início de ano é sempre oportunidade de desejar coisas boas, renovar votos, tentar arrumar algo que ainda esteja bagunçado na vida. São incontáveis as vezes que muitos de nós estivemos envolvidos em balanços da vida, do que foi (o bom e o ruim) e do que será (os projetos, os sonhos). Nem sempre logramos êxito nestas investidas.
Do ponto de vista eclesiástico, a chegada de 2011 pode ser símbolo de uma era que passou e esperança de que algo novo venha no alvorecer da nova década. Mas, para tristeza de muitos e consciência de alguns os anjos e os demônios continuarão a atuar assim como sempre.
Isso porque a nossa vida é direcionada por quem deixamos governar nossas ações. O Apóstolo Paulo fala de uma “batalha espiritual” (Ef 6). Já Pedro recomenda: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.8).
Como no ano que findou, no que virá e para todo o sempre em meio a esta humanidade decaída, teremos os que vão ouvir a voz de Deus e os que darão atenção máxima aos prazeres desta vida, às tentações satânicas, aos apelos do mundo. E você?
Que haja pecados, escândalos, facções, dissidências, sobre isso não precisamos nos assustar. Reflita na palavra de Jesus: “E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!” (Lc 17.1). Nossa preocupação e ocupação deve ser: Que não seja eu! Se cada um de nós nos ocuparmos em fazer o bem em 2011, sendo instrumentos nas mãos de Deus para sua paz, com certeza vamos ajudar o mundo a ser melhor.
Mas estejamos atentos, Satanás não desiste nunca! Seus asseclas, os demônios, potestades e demais subalternos vão continuar a agir. Estejamos preparados com toda a armadura de Deus. Sejamos vencedores sobre tudo isso. Que não tenha sido nós a causa dos problemas que muitos enfrentaram em 2010 e que não sejamos causadores de problemas para ninguém em 2011. Embora Satanás vá querer fazer isso.
Ah, mas fique tranqüilo. Diante das lutas, das batalhas espirituais, se você é de Deus, se está empenhado em dar o seu melhor para o Reino, se está comprometido com a Obra e o Deus da Obra, você pode contar com os anjos de Deus que também continuarão a agir, pois, “o anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34.7). Que bom saber que podemos ser mais que vencedores com a ajuda de Deus. FELIZ 2011!

QUEM QUER FESTA?



“E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lc 2.7).

O nascimento de Jesus contrariou todas as expectativas acerca do nascimento de um rei e mesmo do Filho de Deus. José e Maria pertenciam ao MST da época, com uma diferença: não invadiam propriedades alheias; apenas aceitavam a ajuda dos generosos.
Fuga, estrebaria, manjedoura, panos, animais... Estas são algumas palavras que traduzem o anticlímax da chegada de uma criança. Bem diferente das crianças de hoje, que são de tais formas embonecadas e recebem alto investimento por parte dos pais em roupas, quartos, mobiliários, brinquedos e outros apetrechos infantis. Tais comportamentos as levam a se parecer mais com troféus humanos a serem expostos para exaltação dos progenitores, do que com singelos e meigos bebes que deveriam ser.
Jesus não teve nada disso, no entanto nunca existiu nem existirá criança tão linda e tão adorada como ele. Por que será que isto é assim? Porque bem sabemos que os valores que valem a pena não são os externos, das aparências, das riquezas deste mundo, dos preconceitos humanos, das discriminações sociais daqueles que segregam pessoas por sua cor, posição social, crença ou grau de instrução.
Mas, se já sabemos disso, por que insistimos em fazer o oposto da mensagem que o Cristo Deus-menino nos transmite? Por que não valorizamos a fé, a espiritualidade, o caráter, e todos os valores do Reino de Deus? Vivemos um mundo de superficialidade. Um mundo volátil que está sempre buscando se posicionar. E, nesta insana roda-viva da humanidade os valores espirituais são postos de lado.
Quem quer festa? Quem quer badalação, comidas e bebidas, festas e folguedos, músicas e tapinhas nas costas? Quem quer sorrisos marotos e caras hipócritas; fantasias e enganações? Eu não quero! Deus não quer! Natal lembra festa; árvore, festão. Quem quer festa? Eu quero canção! Quero Deus, sobretudo; amor presente em mim. Cristo em minha vida, experiência sem fim.
Há crentes em cuja vida e agenda há espaço para festas, diversões e eventos sociais. Nunca têm tempo para culto, crescimento cristão e evangelismo. Seus compromissos são tantos, o cansaço é tamanho, a vida é tão árdua... Mas, interessante que são figurinhas fáceis em certos tipos de programação. Quem quer festa? Eu quero culto e adoração. “Se não for pra te adorar, para que nasci?”
Senhor Jesus, neste seu NATAL me faça um verdadeiro adorador. Receba de meus lábios todo o louvor grato de quem sabe que sem ti a vida não tem sentido. “Se não for para ti servir, por que estou aqui?” Obrigado pelo seu NATAL, pois nele vejo que o meu se fez possível...

A CULTURA DA FOFOCA E DA NOVIDADE



“(Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade)”
[Atos 17:21].


A busca por novidades e, conseqüentemente, por se ter o que ouvir e o que contar, é mais antiga do que se pensa. Na verdade, todas as práticas correlatas têm a idade da humanidade por causa do pecado que se instalou na vida humana desde o primeiro homem, Adão.
O Apóstolo Paulo fazendo uma análise psicológica dos cidadãos atenienses (incluindo os imigrantes) conclui que sua ocupação primordial era a fofocagem: “de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade”. (Leia a Reflexão sobre o "Teste do Filtro Triplo".)
Nossos dias não são diferentes! As pessoas estão ávidas por novidades e, nesta gana, acabam por incorrer em sério erros. O pior, é que muitos crentes estão envolvidos nesta prática. Tanto quem fala quanto quem dá ouvidos a “disse-me-disse” são culpados de quebra do mandamento: “Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19 ).
A busca por novidade não é só por aquela que se ouve e se repassa adiante sem raciocinar direito se a informação que se está recebendo é verídica ou não. A Internet está cheia dessas mensagens forjadas, falsas, mentirosas e caluniadoras. E-mails são excelentes oportunidades para receber e repassar mentiras. O crente deve ter cuidado com isso.
Também esta buca por novidade tem a ver com o dia-a-dia. Eventos, shows, festas e programações atraem o crente que prefere ir para um evento em que possa ficar desfilando moda, olhando e comentando o comportamento dos outros, distraindo-se e matando o tempo no lugar de estar na casa de Deus louvando ao Senhor.
A televisão, o cinema e a Internet são armas de Satanás para apresentar novidades que tiram o crente de seu propósito. Afinal, que faz o crente numa noite de quarta-feira que não comparece ao Culto de meio de semana de sua Igreja? Que faz o crente que não está na comunhão dos salvos no domingo pela manhã ou à noite?
Para o crente comprometido com o Senhor e sua Obra, a comunhão com ele e a adoração ao seu nome sempre será a novidade que o atrai. Como disse o salmista: “Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outros lugares mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios” (Sl 84.10).
Quer melhor novidade do que a de que o Messias chegou? Conte-a para seus amigos. Esta é a melhor notícia que a humanidade já ouviu. Insuperável! Que possamos, neste dia em que comemoramos o Natal, viver e comunicar esta mensagem.

VERDE, VERMELHO E BRANCO



“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,
estes três, mas o maior destes é o amor”
(1Co 13.13).

Assim como os números, as cores também carregam em si significações. Estas significações agem no inconsciente das pessoas e podem produzir certos efeitos. Existe até uma ciência que trata do assunto, a Cromoterapia que pode ser definida como a prática da utilização das cores na cura de doenças. Também, podemos falar em associação de ideias com relação as cores. Daí as significações de paz, para o branco; riqueza, para o amarelo; natureza e esperança, para o verde, dentre outras.
Decoradores recomendam cores claras para ambientes que se pretendam tranquilos e repousantes como quartos de hospital e ambientes que já apresentam forte carga de estresse. As cores ajudariam a amenizar os apelos emocionais de ambientes como Delegacias, Fóruns, certas repartições públicas. Os templos também devem receber cores claras para ajudar na construção de um ambiente que seja em si mesmo um convite à calmaria e reflexão.
Pensando na clássica afirmação do Apóstolo Paulo, que está em epígrafe (sobre a fé, a esperança e o amor); busquei relacionar as cores que representariam as verdades nela contidas.
Para a “fé” poderíamos relacionar o vermelho. Cor forte, faz alusão imediata ao sangue e sugere a ideia de força e garra. Para nós cristãos, remete ao sangue de Cristo na cruz do Calvário derramado em nosso favor. É a crença neste sacrifício vicário que nos oferece a salvação.
Para a “esperança”, o verde. Por remeter-nos à Natureza, o verde lembra renovação, transformação, o novo. Daí a ideia de esperança presente na cor. O crente é um ser essencialmente tomado de esperança. A esperança cristã é tríplice, como nos afirma o Apóstolo João: 1ª) Jesus vai voltar; 2ª) Nós o veremos; 3ª) Seremos semelhantes a ele (1Jo 3.1-3).
Já, para o “amor” tomamos a cor branca. Um coração só é pacificado quando o amor o domina. A cor branca é a cor da paz. Este é um símbolo universal. É o amor de Deus em Cristo Jesus que pacifica os nossos corações. É o amor que estabelece a harmonia no lar, a relação conjugal ordeira e feliz, o relacionamento com filhos sem turbulências.
A importante tríade destacada pelo Apóstolo Paulo possui significação de valor para nós cristãos. Afinal, não vivemos neste mundo sem esperança, não chegaremos ao céu sem fé e não habitaremos com Deus sem amor.
Que possamos, neste dia em que comemoramos a Palavra de Deus, nos apropriar destas verdades e vivê-las intensamente.

COMO SER CRENTE EM MEIO A TANTAS RELIGIÕES VI



Encerramos hoje esta série sobre as religiões contemporâneas, tratando de um segmento muito popular no Brasil, mas que se afastou terrivelmente da Palavra de Deus. Os movimentos pentecostais e neo-pentecostais, de forte apelo popular, promoveram um sincretismo religioso muito grande com o catolicismo, o espiritismo e outras tendências religiosas e, dessa forma, expandiram-se no país. Vamos analisar estas tendências encerrando assim esta análise.

Os movimentos religiosos pentecostais e neo-pentecostais
Este foi o segmento que mais cresceu no evangelicalismo brasileiro. Durante a segunda metade do Século XX (pentecostal) e a partir da década de 80 (neo-pentecostal). Mas, crescimento não é sinônimo de aprovação divina e de conformidade com sua Palavra. O problema básico que se vê no pentecostalismo é a chamada "segunda bênção", uma crença em que a experiência de aceitação de Cristo não é o bastante. Faz-se necessária uma segunda experiência, que seria o batismo com o Espírito Santo; e sua evidência exterior, o falar em línguas.
Quando indagado de forma irônica por alguém deste segmento sobre se o Batista é batizado no Espírito, costumo responder dizendo que se não for batizado no Espírito não é Batista e muito menos cristão. Não conheço nenhum cristão genuíno que não seja batizado no Espírito, pois é ele quem nos convence "do pecado, da justiça e do juízo" (cf. Jo 16.8-11) e nos conduz a Deus. É uma questão de semiótica, de articulação dos signos verbais. Só que nesta questão, acaba-se desmerecendo o papel salvador de Cristo, ao torná-lo dependente da segunda bênção.
Já entre as seitas neo-pentecostais, a questão é mais séria. Este desdobramento do pentecostalismo gerou uma série de distorções muito distantes do cristianismo primitivo. Igrejas como: Comunidade Sara a Nossa Terra, Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça, Renascer em Cristo, Batista da Lagoinha, Palavra da Fé, dentre outras, deixaram-se tomar por influências americanas de tele-evangelistas; e importaram a teologia da prosperidade, a confissão positiva, um psicologismo fácil com regressão, quebra de maldição, espíritos territoriais e outras besteiras que possuem toda a característica de magismo e macumbaria e representam um apego demasiado às coisas terrenas, aos prazeres desta vida, e pouco interesse nas realidades verdadeiramente espirituais.

Aplicações para a vida
Precisamos nos precaver e proteger nossas famílias destas influências nocivas provenientes de religiosidades que até se identificam como cristãs, mas que estão muito longe de o serem. A melhor maneira de fazê-lo é tomando o caminho do biblicamente correto. Se seguirmos a Bíblia com inteireza de coração, evitaremos o risco da queda nas armadilhas dos movimentos religiosos contemporâneos.
Alguns desafios são: 1ª) Buscar uma vida de santidade - Temos a recomendação paulina de que devemos nos purificar, e aperfeiçoar a santidade, no temor de Deus (2Co 7.1), pois foi para a santificação que Deus nos chamou (1Ts 4.7). Além disso, seguir a santificação é condição para ver o Senhor (Hb 12.14). Uma vida de santidade nos ajuda a vencer as heresias do mundo presente.
2ª) Examinar tudo e reter o que é bom - Precisamos também aprender a exercer uma consciência crítica sobre tudo o que está ao nosso redor, à semelhança da atitude dos bereanos que examinavam tudo para saber se estava escrituristicamente correto (At 17.11); e por a prova todas as coisas, retendo o que for bom, como recomendou Paulo (1Ts 5.21).
3ª) Ter cuidado com os ventos de doutrina - Não é de hoje que novos ventos de doutrina destelham casas por aí. A família cristã precisa se fortalecer para não ser levada como "meninos inconstantes", "ao redor, por todo vento de doutrina" (Ef 4.14).
4ª) Seguir a sã doutrina - Existem homens que são contrários a "sã doutrina" (1Tm 1.10). A família cristã deve permanecer firme na "doutrina dos apóstolos" (At 2.42), à semelhança dos crentes do primeiro século, e viver o Evangelho com integridade.
Que Deus nos oriente a ficarmos firmes na sua Palavra sabendo discernir, pela Palavra, o que é de Deus e o que não é.

VENCENDO O MUNDO COM AS ARMAS DA FÉ



Em nome da IBP quero parabenizar a PIB em Jerônimo Monteiro pelos 89 anos de existência como agência de Deus neste município. Vivemos dias difíceis e perceber uma Igreja chegando aos seus 89 anos vibrante, atuante, trabalhando para o Reino de Deus é comprovar o vaticínio de Jesus de que sua Igreja seria inabalável. O grande desafio agora é o futuro. O que já foi feito serviu para chegar até aqui. Para onde vamos caminhar como Igreja do Senhor Jesus? O contexto que chamamos de mundano, tenderá, cada vez mais, a se afastar do propósito original do Criador. O povo de Deus deve reagir vivendo um padrão de vida digno, honesto, puro; com respeito, amor, carinho e compreensão; e dar a resposta que o mundo precisa ouvir: Que respostas da fé podemos dar para vencermos o mundo e as investidas do inimigo?
a) Crendo que o Senhor é quem nos dá sustentação – Como disse Salomão: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" (Sl 127.1). Precisamos ter cuidado com as armadilhas destes dias, que procuram roubar o tempo da espiritualidade, da comunhão, da piedade cristã e da devoção. Reagir contra estas tendências é criar possibilidade de deixar um legado de fé para as gerações vindouras e é isto que Deus espera de nós (Sl 78.5-7). A dependência de Deus deve ser buscada continuamente e isso se dá de forma prática no cotidiano da vida.
b) Reconhecendo que a família e os filhos são bênçãos de Deus - O crente precisa ter a visão de que filhos são bênçãos e não maldição. A Igreja cresce, também, povoando a Terra, dos que hão de povoar os Céus. Lamentavelmente, pela forma com que muitos pais se relacionam com seus filhos, percebe-se uma grande insatisfação no cumprimento deste papel social. Percebe-se que está sendo pesado, desgastante, difícil de suportar. Se isto estiver ocorrendo com você, busque forças em Deus e supere. Marido e mulher devem ser parceiros na criação de filhos. Ambos devem se apoiar mutuamente para que haja harmonia. Lembre-se do que a Palavra de Deus diz: "Os filhos são herança do Senhor" (Sl 127.3). Em função disto, a recomendação que se segue é para se ter muitos filhos (Sl 127.5). Talvez o mundo moderno, tais as injunções sócio-econômicas, não permita isto; mas saiba que todos os filhos que você tiver, próprios ou adotivos, com fé e dependência de Deus, serão formados para abençoar o mundo.
c) Vivendo uma vida de temor a Deus - Nossa sociedade perdeu o sentido da vida e o seu valor. Com isto, perdeu certos medos. Perdeu o respeito às instituições, perdeu a dignidade. Perdeu até o medo da morte. Vive-se como se pode e arrasta-se por esta vida como dá. Para muitos, Deus já foi descartado há tempos. Mas, para nós cristãos, o valor da vida, segue o padrão do valor que damos a Deus. Daí a necessidade que temos de viver como pessoas "tementes a Deus", ou seja, pessoas que põem no Senhor a sua confiança, que o amam e têm como objetivo de vida agradá-lo, honrá-lo em todos os seus procedimentos. Neste padrão de vida, somos abençoados. E esta é outra arma poderosa para vencer este mundo presente: o temor do Senhor, como nos diz o Salmo 128: "Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos."
Que Deus abençoe a todos nós e que a PIB de Jerônimo Monteiro, ao completar seus 89 anos possa prosseguir em sua missão, firme e inabalável, pregando o Evangelho do Reino.

COMO SER CRENTE EM MEIO A TANTAS RELIGIÕES V



Já caminhando para o encerramento desta série sobre as religiões em nosso país, vamos focalizar nesta edição os movimentos de tendência profética. São movimentos que se utilizam do apego dos crentes pelas questões relativas à Volta de Jesus Cristo para fazer interpretações equivocadas do que a Bíblia fala sobre o assunto e, também, criar doutrinas e práticas que se prestam a manutenção do movimento religioso em si, mas que destoam profundamente da verdade bíblica.
São movimentos proselitistas que se criam nos meios religiosos, pois confundem a cabeça dos incautos com interpretações errôneas da Palavra de Deus. Mas, como disse Jesus, não é possível enganar os escolhidos (MT 24.24). Vamos analisar, então, estas tendências proféticas e procurar entender em que elas crêem.

Os movimentos religiosos proféticos
Esta categoria de movimento religioso engloba uma gama de seitas e denominações, sendo necessário muito espaço para falar de todas. Oriundas das denominações históricas, que surgiram exatamente para preservar o cristianismo em sua forma bíblica, elas são frutos de cisões, rachas, a partir de visões, revelações tidas por alguém, um líder geralmente, que então, parte para um novo movimento. Passam a ter esse enquadramento pela impropriedade de entendimento do que seja profecia, já que associam ao termo idéias de adivinhação, vidência, futurismo, que não estão presentes em sua origem bíblica.
Nesta categoria, podemos alistar as mais conhecidas como: Adventismo do Sétimo Dia, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (os mórmons), Ciência Cristã, Testemunhas de Jeová, Congregação Cristã no Brasil, dentre outras.
Os cuidados que precisamos ter com estes movimentos decorrem de sua tentativa de marcar a volta de Jesus Cristo (Adventistas e Mórmons), fato este não revelado pela Palavra de Deus (Mt 24.36); a anulação da salvação em Cristo Jesus, ao não reconhecê-lo como Deus (Testemunhas de Jeová), o que se constitui em heresia combatida pela maioria dos evangélicos (At 4.12; Jo 14.6,10,11); o batismo pelos mortos e a salvação da mulher atrelada ao casamento (Mórmons); a rejeição do ministério pastoral, do dízimo e da pregação (Congregação Cristã no Brasil); dentre outras aberrações. Estas são influências nocivas que precisamos delas nos prevenir para estarmos no centro da vontade de Deus.
Ressaltamos a recomendação bíblica de Jesus sobre a vigilância. Nosso Soberano Deus quer encontrar em seus discípulos profundos conhecedores de sua Palavra. Que Deus nos oriente a ficarmos firmes.

COMO SER CRENTE EM MEIO A TANTAS RELIGIÕES IV



O Brasil do final do séc. XX até nossos dias é para os movimentos religiosos o que foi os Estados Unidos do fim do séc. XIX: um celeiro de tendências e experimentos. Contingências sócio-econômicas, com acentuadas desigualdades sociais; fracasso da política em apresentar soluções; decepção com religiosidade nominal que não propõe mudanças; tudo isso, num cenário débil como o foi à década de 80 do séc. XX (para muitos, a “década perdida”), corroborou para o surgimento de religiões e seitas de vários matizes.
Do Oriente vieram seitas que encontraram no país um terreno propício para disseminação de suas ideias. Vamos analisar hoje estas tendências vindas do Oriente e procurar entender o que elas pretendem.

Os movimentos religiosos orientais
Além do Budismo que tem crescido muito no mundo ocidental, inclusive no Brasil, com monges e mosteiros de origem tibetana instalados no país, os movimentos orientais são facilmente perceptíveis em seitas como: Perfect Liberty, Seicho-no-iê e Igreja Messiânica.
Destas, a mais nociva é a Igreja Messiânica, visto que muitos evangélicos a tem confundido com uma denominação cristã - por causa do nome -, sem saber que este "messias" não é Jesus Cristo, mas o fundador da seita, um japonês, que publica uma revista mensal, com artigos vários para doutrinar seus fiéis e atrair novos adeptos. Trata-se de uma religião do corpo e da mente. A idéia é alcançar satisfação pessoal através de orações ritualistas que tem a finalidade de apaziguar o coração.
Mas ainda há a Seita da Unificação, do reverendo coreano S. M. Moon, que auto-intitula-se o novo messias, enviado por Deus em substituição a Jesus Cristo, já que este teria fracassado em seu plano para salvar a humanidade. Também muito nociva esta seita, procura-se identificar como cristã, algo impossível, a partir do momento em que invalida a salvação que vem da cruz de Cristo. Presente no Brasil a seita está muito ligada a grandes conglomerados econômicos mundiais, fato este que tem gerado alguns processos ao seu fundador.
A recomendação bíblica de Jesus deve continuar sendo a tônica dos verdadeiros cristãos: ser vigilantes! (MT 24). Deus que encontrar em seus discípulos verdadeiros seguidores que não se iludem com os modismos nem com o ilusionismo de religiões que atendem o corpo, a psique, mas não suficientes para resolver os problemas da alma.

COMO SER CRENTE EM MEIO A TANTAS RELIGIÕES III



Em se tratando de religião, existe uma tendência muito forte no Brasil de rejeição das instituições religiosas mais organizadas, das denominações tradicionais, das doutrinas mais rígidas. O antigo é rejeitado pelo simples fato de existir há mais tempo e o novo é recebido como algo agradável e de fácil assimilação.
Para este tipo de comportamento, percebe-se uma forte influência da mídia, de certos segmentos da inteligência nacional, bem como da classe artística que “vendem” estas novas tendências religiosas através de entrevistas, publicações e trabalhos artísticos de mídia elevada.
Daí o surgimento de religiões místicas, a maioria de fundo oriental, com apelo à ecologia, naturismo e outras tendências com capa de modernidade, mas que são mais antigas que a civilização ocidental.
Vamos analisar hoje estas correntes místicas e entender o que elas pretendem e como caem no gosto popular.

Os movimentos religiosos místicos
Na linha da influência espiritista, vimos surgir outros movimentos que querem se identificar como sendo espiritualistas, mas que não passam de "farinha do mesmo saco". Dentro destes movimentos podemos alistar a New Age (Nova Era), o Santo Daime, além de diversas comunidades esotéricas que se estabeleceram nos interiores destes brasis de Deus.
O Santo Daime (que promove a ingestão de um chá alucinógino) de vez em quando freqüenta as páginas policiais por conta de algum adepto que comete delitos e mesmo crimes.
Estes movimentos, principalmente a New Age, possuem forte conotação ecológica, ressuscitando o velho panteísmo, a crença na presença imanente de Deus em todas as coisas. Esta identificação de Deus com o mundo presente, como se a matéria pudesse comportar Deus, é algo nocivo, pois descaracteriza os atributos mais caros de Deus como: onipresença, onisciência, onipotência, dentre outros como: amor, eternidade, perfeição.
Esta associação com os movimentos ecológicos, alimentação naturalista, medicina alternativa (homeopatia) etc, tem confundido muitos cristãos, visto que estas novas formas de alimentar-se, medicar-se e relacionar-se com a natureza não são um mal em si mesmas, ao contrário, precisam ser valorizadas, mas a mística trazida por estes movimentos, de caráter sincrético, espiritualista e longe dos padrões bíblicos as desvaloriza.
Além disso, estes movimentos propõem leituras e orações que apelam para a sensibilidade do indivíduo e mobiliza suas emoções.
Voltamos a afirmar: É preciso ter cuidado com o gostar em termos de religião. Nem tudo o que é agradável é biblicamente correto. Nosso parâmetro para a verdade são as Escrituras Sagradas. Que Deus nos abençoe e permita que sejamos crentes idôneos.

COMO SER CRENTE EM MEIO A TANTAS RELIGIÕES II



Outro movimento que é muito forte no Brasil é o movimento voltado para tendências espíritas e espiritualistas. Quando na França, país de origem do kardecismo, tal tendência é nula, inexpressiva; no Brasil, terra fértil para novidades, o brasileiro fez o espiritismo se enraizar. Também aqui ele misturou tudo. Até uma aproximação de valores cristãos existe.
A mídia também vende o espiritismo como algo moderno, cult. Novelas da tevê Globo, além dos últimos filmes sobre Chico Xavier, têm contribuído para a glamorização do espiritismo, que sabemos ser contrário as verdades das Escrituras Sagradas.
Vamos analisar as várias correntes desse movimento religioso que afeta o povo de Deus em nossos dias.

Os movimentos religiosos espíritas
A outra influência que queremos analisar é a que vem das seitas espíritas. Este segmento religioso é muito forte no Brasil, onde encontrou no catolicismo um aliado importante para desenvolver-se. Muitos brasileiros que se dizem católicos são assíduos freqüentadores de terreiros de macumba e centros espíritas. Este sincretismo religioso encontrado em larga escala no país é nocivo a qualquer religião que se preza e revelador do afastamento do homem de Deus.
Mas a influência espírita está presente não só nas religiões de origem afro (candomblé, umbanda), mas também no kardecismo, esta falácia filosófico-religiosa que engoda milhares de brasileiros com a sua pretensão de ter resposta para tudo. Além disso, está presente em instituições que se apresentam de maneira simpática, como a LBV (Legião da Boa Vontade), mas que não passam de artifícios satânicos para fazer desaparecer o valor da cruz de Cristo.
A influência espírita com seu uso de expedientes de magia negra, mesa branca, despachos e macumbarias, cartas e tarots e tudo o que diga respeito a este magismo religioso é algo que deve ser expurgado com firmeza, pois várias seitas neo-pentecostais têm se utilizado dos recursos de origem espírita para, de forma modificada, fazer a troca do ritual, de fonte espírita para uma fonte que se suponha cristã-evangélica. Práticas de sal grosso, galhos de arruda, óleos e saramaleques outros, são de origem espírita e tem sido usadas em larga escala no meio neo-pentecostal.
Mas, o que precisamos combater é o uso da caridade, boas obras, como forma de se comprar a salvação, contrapondo-se ao sacrifício vicário de Cristo e a afirmação de que "a salvação é pela graça e não por obras" (cf. Ef 2,8,9). Além disso, precisamos combater a crença na suposta reencarnação da alma como uma segunda chance para o indivíduo que voltará tantas vezes a terra quantas forem necessárias para a sua purificação. A Bíblia condena tal crença (Hb 9.27).
Continuamos a afirmar: Precisamos ter cuidado com as aparências. Ajudar os outros, fazer caridade, ter repostas prontas sobre o além e sobre males desta vida, muitas vezes é atraente, mas é um engodo de Satanás para afastar as pessoas da verdade salvadora em Cristo Jesus. Que Deus nos abençoe e permita que sejamos verdadeiros crentes fiéis.

COMO SER CRENTE EM MEIO A TANTAS RELIGIÕES I



O poder da mídia se expandiu de uma forma avassaladora na segunda metade do Século XX e tornou-se o grande instrumento das seitas e religiões diversas para divulgar suas doutrinas e práticas. Dessa forma, a população e os crentes de modo geral passaram a receber uma gama enorme de informação religiosa que antes só tinham acesso de "ficar sabendo" por alguém.
Some-se a isso a própria filosofia existencialista que demarca a sociedade moderna, em que um leque de opções se apresenta aos indivíduos que passam a poder fazer a escolha sobre o que melhor lhe interessa na prateleira do supermercado da fé - é o que se chama de "sociedade plural" - e temos os ingredientes necessários para provocar inquietação, dúvidas e incertezas.
Assim sendo, o indivíduo crente, que no passado recebia influência apenas da liderança de sua Igreja local, quando muito, através da participação em algum congresso denominacional; hoje é "pastoreado" por meio de várias fontes e diversos líderes: rádio, tevê, fitas, vídeos etc. O que contribui em muito para a desorganização da identidade eclesiástica, a crença em heresias como se fora verdade e outros males.
Esta multiplicidade de influência que é bombardeada sobre o crente todo dia, nesta geração, inquieta a todos os que buscam uma religiosidade sadia, séria, calcada nas Escrituras Sagradas.
Vamos analisar as várias correntes de movimentos religiosos que afetam o povo de Deus em nossos dias.

Os movimentos religiosos católicos
Até bem pouco tempo atrás a influência católica era proveniente de suas lutas de classes, seu envolvimento com o operariado, fruto das "comunidades eclesiais de base" e sua adesão à Teologia da Libertação. Os tempos passaram e este enfoque mudou. Todavia, do catolicismo tradicional podia-se perceber a insistência no culto de imagens, idolatria, condenada pela Bíblia (Ex 20.1-5; Sl 115.1-18), a veneração a Maria como mediadora (1Tm 2.5); o atrelamento da salvação à participação na Igreja (At.4.12); tudo isto, ferindo frontalmente as recomendações bíblicas conforme demonstrado pelos textos bíblicos.
Hoje, a RCC, Renovação Carismática Católica, é a maior fonte de influência negativa sobre os cristãos sinceros, a partir do momento em que uma ala do catolicismo vestiu esta capa evangélica e procura conquistar adeptos incautos dentre a comunidade evangélica. O problema maior é que este tipo de catolicismo da RCC mudou seu comportamento litúrgico, mas continua insistindo em aspectos que os verdadeiros evangélicos condenam, tais como idolatria e culto à Maria.
Precisamos ter cuidado com as aparências. Cantar hinos ditos “gospel” e portar a Bíblia debaixo do braço não é sinal de fé e fidelidade nem lá nem em nossos arraiais. Que Deus nos abençoe e permita que sejamos verdadeiros e fiéis crentes.

JOSÉ LINO, CONSTRUTOR!



“Ama a modesta profissão que aprendeste e contenta-te com ela.”
MARCO AURÉLIO


Emocionei-me ao ver o irmão José Lino segurando um tijolo na segunda que passou. Ele é construtor. Muitas casas já brotaram do nada (saíram do chão cru e se erigiram nos céus de Nova Friburgo), a partir de sua intervenção. Mas, dessa feita, ele não estava construindo para a vida, para habitação, mas para a morte, para o fim...
Quem diria que o jovem que aprendeu a profissão de pedreiro, um dia faria uso de sua profissão para despedir-se de forma digna do pai? Lá atrás, naquele passado em que a carreira profissional despontou, ele jamais poderia imaginar que estaria vivendo este momento. Mas aconteceu. Seu pai, falecido nos seus braços no domingo anterior, baixava a sepultura e tinha o túmulo lacrado com tijolos fornecidos pelo filho construtor.
A imagem recolhida por minha retina no cemitério da pacata Cambiasca, RJ, emocionou-me porque o José Lino, construtor, estava firme, resoluto, cônscio dos últimos acontecimentos, convicto de sua fé e certo de que o pai agora descansava com Deus. José Lino cumpriu com galhardia sua missão e prestou todos os cuidados e despendeu toda a atenção necessária nos últimos meses de vida do pai; já bastante alquebrado pela cruel doença.
Interessante que ele não fez isso por obrigação. Os homens, funcionários públicos, estavam ali para isso. Mas, ele não se olvidou em participar. Força do hábito? Agiu instintivamente? Em parte sim, mas, por tudo o que ele demonstrou nestes últimos meses, muito mais. Quis o desenrolar da vida que ele ali estivesse; como estava; e na expressão que se pode enxergar. O fato é que o construtor virou servente. Apenas ia entregando os tijolos aos funcionários que se apressavam em cumprir sua sina.
Irmão José Lino passou, nestes momentos de despedida do pai, a mensagem de que na vida precisamos estar preparados para o momento derradeiro dos que amamos. Além disso, demonstrou que o que aprendemos será sempre útil nos momentos mais inusitados, e que é preciso dividir com o outro aquilo de bom que vamos recolhendo na estrada da vida. Some-se a isso o fato de que não importa o que somos e o que fazemos, mas precisamos estar sempre prontos para o serviço, para a ajuda, para a contribuição, por pequena que seja, no sentido de fazer funcionar a existência.
Os tijolos nas mãos do irmão José Lino, ali em Cambiasca, ficarão para sempre em minha memória, a ensinar-me que é preciso ajudar: “um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te!” (Is 41.6). Que Deus nos abençoe e nos ensine a sermos cooperadores do seu Reino.

NO REINO DE DEUS NÃO CABEM DESCULPAS...



“Se você disser ao patrão que se atrasou porque um pneu do carro furou,
seu carro furará o pneu na manhã seguinte.”



No Brasil temos certa cultura da desculpa: sempre há uma explicação por não ter ido, não ter chegado à hora, não ter participado da atividade, ter deixado de contribuir para determinado projeto ou qualquer outra... É assim na escola, no trabalho, nas relações sociais e, transfere-se o mesmo comportamento para a Igreja.

Só que no Reino de Deus, meia verdade é mentira; desculpa é enganação e inatividade é descompromisso com o Reino e, conseqüentemente, habilita a quem assim procede a candidatar-se a ser um servo inútil.

Há dois exemplos bíblicos bem claros quanto a isto. O primeiro trata da “Parábola das Dez Virgens”. As prudentes (precavidas, atenciosas), habilitaram-se a entrar para as bodas. As loucas (despreparadas, irresponsáveis), ficaram do lado de fora. A conclusão de Jesus foi: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir” (Mt 25.13).

Algumas desculpas comuns entre os crentes de nossos dias para não fazer isto ou aquilo no Reino de Deus:

a) Trabalho a semana toda e só tenho o domingo para cuidar da casa e descansar;

b) Estudo a Bíblia em casa e não preciso de Escola Dominical;

c) Já sou aluno da EBD há bastante tempo e ausentar-me de vez em quando não me faz falta;

d) Meu salário não é suficiente para as minhas despesas e não posso entregar o Dízimo;

e) Chego tarde do trabalho e é uma correria para ir ao Culto de Quarta-feira;

f) Recebo muitos parentes em casa no domingo e tenho que lhes dar atenção;

g) Preciso viajar para minha casa de praia de vez em quando para arejar a mente;

h) Sou tímido e não sei como falar com alguém sobre o amor de Deus;

i) Tem muita gente ajudando missões e se eu não der minha oferta dessa vez, não vai fazer falta;

j) Reunião de oração é chata, meu cansaço me faz dormir.

Já pensou se Deus desistisse do crente que assim procede e retirasse dele seu emprego, seu carro, sua casa de praia, seus familiares? Quem não encontra tempo pra Deus não encontrará Deus nos céus, pois é convivendo com Deus aqui na Terra que se prepara para a comunhão eterna com ele nos Céus.

O segundo exemplo bíblico que quero apresentar é sobre a utilidade do servo. Na “Parábola dos Talentos” Jesus disse sobre o servo que não se predispôs a desenvolver o que Deus lhe dera: “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt. 25.30). Numa outra circunstância, ele afirmara que a atitude do servo, ao cumprir sua missão, deveria ser de humildade e de reconhecimento de que poderia ter feito mais: “Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer” (Lc 17.10). Imagina que qualificação deveríamos ter quando nem sequer passamos perto do que Deus espera de nós...

Que Deus nos abençoe e nos capacite a trabalharmos incansavelmente para o seu Reino, comprometidos com o crescimento da Obra para alcançarmos um Brasil que seja verdadeiramente feliz.

MEUS CONSELHOS PASTORAIS...



Como a um filho que está iniciando sua vida adulta, conquistando a independência e seguindo seu caminho, quero deixar meus conselhos a IGREJA BATISTA EM CONSELHEIRO PAULINO, no desejo de que Deus possa abençoar esta nova agência de seu Reino em nossa cidade, para que se torne uma Igreja Multiplicadora, no centro da vontade do Pai.

1º) Seja uma Igreja bíblica, uma Igreja neo-testamentária, que crê, preserva e observa as doutrinas dos apóstolos;
2º) Não compactue com o erro, o pecado, os vícios e os modismos teológicos que não ajudam a Igreja, mas somente afastam dos caminhos de Deus;
3º) Desenvolva e preserve os valores da unidade, da comunhão, da irmandade, com respeito ao irmão de fé e apoiamento mútuo para crescimento de todos;
4º) Não misture os interesses espirituais com os interesses temporais, pois a Igreja pode ter necessidades terrenas, mas não pode sucumbir diante dos lobos devoradores da política, do dinheiro, da fama e do poder;
5º) Não escolha pastores para liderá-la por meio de quesitos meramente humanos que valorizem a formação, a estética ou a oratória, mas considere sempre a espiritualidade, a postura ética e o compromisso com a Palavra de Deus na escolha de seus pastores;
6º) Não ceda o seu púlpito para líderes religiosos, políticos ou profissionais que vivem de fazer o jogo do poder ou do sistema, mas não têm qualquer compromisso com o Reino de Deus;
7º) Não esqueça a sua origem humilde, não perca o contato com o povo, não menospreze as gentes, pois Igreja que funciona, que alcança êxito é aquela que tem “cheiro de povo” e com ele se identifica, espalhando as alegrias do Reino;
8º) Não despreze a sua origem Batista nem se afaste de nossos princípios, pois a autonomia da Igreja, sua soberania, a prática democrática e a gestão participativa são marcas inalienáveis;
9º) Ressalte a identidade cooperativa dos batistas e mantenha sempre boa convivência com as igrejas co-irmãs, zelando pela sã doutrina e buscando a cooperação para o crescimento do Reino;
10º) Desenvolva os dons de seus membros, oferecendo liberdade para atuação do Espírito e fortalecimento harmônico do Corpo de Cristo;
11º) Exerça a justiça e a equidade, abominando o mal, a exploração, a injustiça, a discriminação, e qualquer evidência de carnalidade como orgulho, vaidade, competição, soberba para que o Espírito encontre terreno fértil para agir e abençoar;
12º) Ame o seu pastor e seja cooperadora com ele da expansão do Reino de Deus na terra, contribuindo positivamente para o crescimento da Igreja e do Evangelho em nossa cidade, região e até os confins da terra.

Que Deus para tanto abençoe os irmãos e que os céus se abram em chuvas espirituais para regar a terra por onde pisar a planta de seus pés.

EM QUEM NÃO VOU VOTAR...



Hoje é dia de eleições gerais no Brasil. Vou votar. Vamos eleger os novos representantes no Legislativo e no Executivo Estadual e Federal. Serão seis cargos a serem preenchidos: Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador 1, Senador 2, Governador e Presidente. Mas em quem votarei? Esta é uma pergunta de difícil resposta, pois a escolha também não é fácil. Entra eleição e sai eleição e vai ficando cada vez mais difícil escolher candidatos aos vários cargos eletivos. A dificuldade é por conta da escassez de candidatos comprometidos com os valores cristãos.
De uma coisa tenho certeza, e isso posso compartilhar sem causar espécie: sei em quem não votarei! Não votarei em...
a) Candidatos que não tenham a ficha limpa; que sabidamente são corruptos e locupletam-se do cargo para favores pessoais ou conchavos e barganhas políticas vis.
b) Candidatos que se utilizam do povo como massa de manobra e que só aparecem em tempos de eleição para amealhar os votos dos incautos e perpetuar seus interesses.
c) Candidatos que, identificando-se como evangélicos (mesmo que pertencendo a qualquer uma das várias denominações religiosas registradas no país) têm comportamento de utilizar a fé como trampolim para seus interesses.
d) Candidatos que estejam associados a movimentos religiosos que contrariam a minha fé, sejam católicos, pentecostais, espíritas e neo-pentecostais, não por conta de sua fé em Deus que deve ser respeitada, mas por causa de sua prática (idolatria, charlatanismo, misticismo, reencarnacionismo, ilusionismo) que deve ser devidamente rejeitada à luz da Bíblia.
e) Candidatos que defendam bandeiras contrárias aos ensinamentos bíblicos tais como: aborto, casamento homossexual, cerceamento da liberdade de expressão, invasão de propriedade privada, libertinagem sexual, oposição à Bíblia e ao cristianismo.
Poderia elencar ainda outros “tipos” de candidatos nos quais não votaria, mas, creio que estes resumem os cuidados que devemos tomar na hora de escolher nossos candidatos. Ainda duas observações: 1ª) Não se esqueça de privilegiar o critério da competência e do chamado (vocação) para a política sobre outros. Bons evangélicos, podem ser péssimos políticos dando mau testemunho. 2ª) Há casos em que as opções realmente são poucas e no cruzamento dos dados percebe-se que não se tem muito por onde caminhar. Vote com determinação, inteligência, oração e dependência de Deus. Que Deus para tanto nos abençoe e que o Brasil seja verdadeiramente feliz.

CONFLITOS...



Pensando nos conflitos que muitas vezes nos acometem, lembrei-me dessa instigante história: Um velho índio descreveu certa vez seus conflitos internos da seguinte maneira: “Dentro de mim existem dois cachorros: um deles é cruel e mau; o outro é muito bom. Os dois estão sempre brigando”. Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: “Aquele que eu alimento mais”.
Esta história nos faz lembrar sábios ensinamentos bíblicos, que muitas vezes estão esquecidos:
1º) O tesouro do coração depende do nosso investimento – A lógica funciona muito bem aqui: só entesoura o bem aquele que vive do bem. O que armazenamos no coração é o que nos motiva. Como disse Jesus: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45). O que você tem entesourado no coração? Coisas boas ou ruins?
2º) Aquilo que nos atrai é o que nos impulsiona a viver – Só nos voltamos e nos envolvemos com aquilo por que nos sentimos seduzidos. Se o Evangelho não está abrasando em nosso coração é porque ele não é chama que queima no peito e nos leva a cumplicidade e ao compromisso. Jesus disse: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21). Faz-se necessária uma reavaliação de nosso compromisso com Deus.
3º) A escolha das coisas espirituais em lugar das materiais é certeza de vitória – Comete grande equívoco aquele que tem por preocupação os bens desta vida e o progresso material. Ganha aqui, perde no além. E, muitas vezes, nem aqui ganha. Jesus disse: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Você tem priorizado o Reino e a Justiça de Deus em sua vida?
4º) Existe uma batalha interna em nossas vidas que precisa ser vencida por nós – O Apóstolo Tiago demonstra esta ideia de guerra espiritual que o crente enfrenta em seu dia-a-dia. Ele diz: “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” (Tg 4.1). É preciso sair vencedor deste embate.
5ª) Nossa luta é essencialmente espiritual e precisamos estar prevenidos disso – O Apóstolo Paulo nos adverte acerca do foco da nossa luta: é contra iniimgos espirituais, das hostes satânicas. Ele diz: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Quem não está apercebido disto, está sujeito a cair.
6º) O pecado propõe sempre a maldade, mas Cristo nos contrange ao amor – Ainda Paulo testemunhava dessa luta interior, confessando: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (Rm 7.19). Nossa natureza decaída nos induz ao cometimento do pecado. Mas, Cristo em nós precisa ser a força que nos leva à rejeição das iniquidades.
Vence em nós e nos leva para onde quer, aquele que alimentamos em nossas vidas. Como está sua vida espiritual. Você tem vencido o conflito diário de ser cristão num mundo tão pecaminoso? Vença todos os conflitos pela presença segura do Espírito Santo dirigindo sua vida. Que Deus para tanto o abençoe rica e poderosamente.

A Igreja de Cristo Pode Ser Instrumento da Paz



No mundo em que vivemos: de tantas agressões gratuitas, destemperos verbais, truculências e ódio; as famílias cristãs podem e devem ser identificadas como portadoras da paz de Deus. Jesus disse: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou" (Jo 14.27). Temos a paz de Cristo. Ele no-la deu. Saibamos vivê-la e espalhá-la por onde quer que andemos.
É óbvio que cada crente vai levar a “paz de Cristo” ao mundo, a partir de seu lar e de sua vida. Corações em paz produzem semblantes alegres e convivência agradável. Os crentes precisam ser portadores de uma tranqüilidade, dessa harmonia que só a comunhão com Deus proporciona.
Esta paz de Cristo é inigualável, insuperável. É algo de dentro para fora; é algo do coração. As circunstâncias podem estar difíceis, mas se temos a Deus, tudo vai bem. Com ela, alcançamos as condições necessárias para superar os embates da vida. Como receptáculo desta paz, a família cristã precisa estar disposta a contribuir para a melhoria da qualidade de vida do mundo.
Interessante que esta paz está associada ao Reino de Deus. O que é o Reino de Deus? Muita gente se pergunta e filosofa! Mas, é simples. Tão simples como três palavras: justiça, paz e alegria. Tudo no Espírito (Rm 14.17). O mundo verá o Reino de Deus neste mundo quando puder vislumbrar esta paz em nós, mesmo em meio às dificuldades da vida.
A Bíblia afirma que o nosso Deus não é um Deus de confusão, mas um Deus de paz (1Co 14.33). Assim sendo, o nosso compromisso é seguir, viver, espalhar esta paz (Rm 12.18; 1Co 7.15; Hb 12.14). Façamos a nossa parte na pacificação do mundo. Vivamos em paz e façamos de nossa casa, nossa rua, nosso bairro e nossa cidade bem melhores, porque nós existimos e estamos lá para marcar esta diferença em Cristo Jesus, Aquele que é a nossa paz (Ef 2.14).
Que Deus abençoe as nossas vidas e tenha misericórdia de nossa Igreja neste mês de seu aniversário, para que possamos viver em paz com Deus, com a sociedade, com os irmãos em Cristo, com os familiares e conosco mesmos.

sábado, 14 de maio de 2011

MEU TESTEMUNHO PESSOAL SOBRE A IGREJA BATISTA DO PRADO



“Vi a Igreja Batista do Prado, nascer. Aliás, participei deste nascimento. Em princípio, como membro da 2ª Igreja Batista de Nova Friburgo, freqüentando os cultos do ponto de pregação na casa do saudoso irmão Archimedes Bilac Galhardo no Loteamento Nova Aurora, hoje bairro São Jorge. Depois, quando inaugurada a Congregação, participando deste momento auspicioso e, organizada a Igreja em 06 de Setembro de 1980, sendo um dos pregadores naquele momento inicial, na condição de seminarista.

Ajudei também na construção do primeiro templo da então 4ª Igreja Batista de Nova Friburgo. Lembro-me que saía, junto com meu irmão João Marcos, das aulas matinais no Colégio Canadá em Olaria e, aguardando a tão esperada marmita, almoçávamos no canteiro de obras, para ajudar a levantar as paredes daquele templo.

Aprouve a Deus, passados os anos, depois que a Igreja teve como pastores, J. J. Soares Filho (fundador), Pauledir Carlos Emerick, Nelson Pinheiro do Carmo, Eli Santos Vieira, Gasparotto, chamar-me para ser ministro desta Igreja. Pr. Gasparotto me deu posse no dia 02 de Setembro de 1995, em bonito culto, quando pregou o meu colega Pr. Joélcio Rodrigues Barreto. São passados 15 anos desde a minha posse. Agora a Igreja completa seu Jubileu de Pérola. Destes 30 anos, metade passei com esta Igreja que amo e que sonho vê-la cada vez mais fazendo a Obra do Pai.

Aqui vivi bons e maus momentos. Momentos de júbilo e momentos de tristeza. Momentos de explosão de alegria e momentos de recolhimento e reflexão. Posso recordar os avanços que Deus operou através da Igreja e com a participação dos irmãos que investiram tempo, sonhos, recursos desejos espirituais. Tudo o que a Igreja pode experimentar neste tempo, foi graças ao poder de Deus operando em nossas vidas, principalmente daqueles que exercitaram a fé e abraçaram os desafios do Senhor para nós.

Posso me recordar dos Congressos Internos de Administração que fizemos no início para definirmos os novos rumos da Igreja, a implantação de ministérios auxiliares que funcionou muito bem durante bons anos, a implantação de Células Familiares que alavancou o crescimento da Igreja, o Treinamento de Líderes leigos para atuarem no campo da Igreja, a realização dos Eventos Gospel para um Natal sem Fome com grandes celebrações espirituais, a atuação do Ministério de Ação Social e tudo o que foi feito neste campo.

Além disso, a Igreja foi usada por Deus para a ordenação neste tempo de três seminaristas ao ministério da Palavra: Pr. Wellington Vaz Spínola (1998), Pr. Clésio Bellotto de Moraes (2001) e Pr. Hamilton Silva Nogueira (2003); ajudou a PIB de Nova Friburgo, cedendo o templo para seu funcionamento no período crítico dos desvios doutrinários, onde aqui também foi ordenado o Seminarista, hoje Pr. Haniel Bastos; organizou congregações que hoje atuam em nossa região: Riograndina, Campo do Coelho, São Jorge, Bom Jardim, Rui Sanglard e se prepara para organizar sua primeira filha (09/10) que se chamará Igreja Batista em Conselheiro Paulino.

Poderíamos falar dos motivadores e abençoadores Congressos de Despertamento Espiritual, das aquisições de terrenos e casas para ampliar o patrimônio da Igreja, das recepções de Assembléias da Associação Batista Serrana (como nunca dantes aconteceu!), da recepção da Assembléia da CBF em 2005 por ocasião de nosso Jubileu de Prata. Tudo isso, são passos dados pela Igreja na consecução dos objetivos do Senhor e da missão espiritual a ela confiada.

Agradeço a Deus os que estiveram apoiando o ministério pastoral neste período. Agradeço a minha família o apoio e a presença afetiva em todos os momentos. Agradeço aos amigos que estiveram ao meu lado em todas as circunstâncias. Sou grato àquelas ovelhas que são obedientes e cooperam para a Obra do Evangelho de forma despojada e alegre.

Não sei o tempo que Deus ainda tem para o exercício de meu ministério nesta Igreja. Creio que, passados tantos anos, seu fim esteja próximo. Enquanto estiver com os irmãos quero cumprir a minha vocação com denodo e coragem. Com ousadia e sabedoria. Com alegria e inspiração.

Que Deus nos abençoe ricamente. Parabéns, Igreja, pelo seu Jubileu de Pérola. Muitas bênçãos de Deus sobre todos.”

APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES DE DEUS PARA A NOSSA VIDA



Muitas oportunidades se apresentam para os crentes nos dias de hoje. Cada um deve aproveitar ao máximo as que lhe são possíveis e desenvolver aquelas em que está falhando para que a presença do cristianismo no mundo, através de nossas vidas e famílias, seja cada vez mais significativa neste mundo desesperançado. Vamos avaliar algumas dessas oportunidades, lembrando que todas elas precisam ser postas em prática já.

1ª) O crente pode ser o sustentáculo de um mundo sem Deus - Nossa sociedade se tornou materialista a tal ponto que repete em nossos dias os interesses terrenais dos tempos de Noé em que: "comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento", despreocupados da vida até que o Dilúvio os consumiu (Lc 17.27); o mesmo ocorrendo nos tempos de Ló, quando o enxofre os destruiu (Lc 17.28,29). Pela fé, vivendo em santidade e piedade, podemos servir de referencial e sustentáculo neste mundo até o dia em que aprouver a Deus nos chamar.

2ª) O crente pode ser um amante de missões - A obra missionária começa no lar. Lares que hospedam pastores, missionários, evangelistas, repassam para as crianças as alegrias e venturas da vida abençoada pela Obra. Despertam e aguçam o interesse por missões e, conseqüentemente, tornam-se celeiros de onde sairão os novos missionários. Que bênção!

3ª) O crente pode ajudar a minorar a dor do mundo - É na família que ensinamos que a vida não é algo que nos advém de forma mágica. Existir e subsistir são frutos de dedicação e trabalho. Cada coisa deve ser valorizada no tamanho e na dimensão certa. A criança precisa descobrir quanto custa cada objeto e valorizar a mordomia cristã. Assim, ela também aprenderá que "amar ao próximo" é mais factível do que se possa imaginar (Mt 5.43,44). Quando somos solidários e nos apresentamos a Deus para servir, podemos abençoar outras vidas que dependem dessa demonstração de carinho e amor do povo de Deus.

4ª) O crente pode representar o fiel da balança num mundo perdido - O ceticismo impera em muitos corações que perderam o referencial de vida. Desacreditados e desesperançados com os políticos e líderes, muitos cidadãos ainda têm a chance de encontrar na Igreja de Cristo, um baluarte da fé. Não podemos decepcionar. Ser fiel (Ap 2.10) é o desafio para cada crente e, dessa forma, contribuímos positivamente para a construção de uma sociedade melhor.

Que Deus proteja as nossas vidas e que possamos aceitar os desafios de sermos cristãos conforme o padrão de Deus e as necessidades do mundo perdido.

UMA SOCIEDADE EM CONSTANTE MUTAÇÃO



Uma marca dos tempos modernos é a sua facilidade em promover mudanças rápidas. Esta mutabilidade apressada destes dias, também provoca desajustes internos na família, visto que esta possui um perfil mais conservador e caracteriza-se por ser um espaço de afirmação de valores. Mas a sociedade moderna não está preocupada com isto, principalmente em se tratando de valores e princípios cristãos, que para o mundo são inibidores do prazer e da satisfação pessoal.

Vamos considerar alguns aspectos dessas mudanças ocorridas no mundo moderno que, de alguma forma, afetam a família.

a) A rápida obsolescência dos equipamentos - A sociedade em constante mutação que nos abriga e nos acolhe nos dias de hoje possui como ponta visível desse iceberg destrutivo, a rápida obsolescência das máquinas e equipamentos por ela criados. Nada é duradouro. As novas fabricações possuem caráter efêmero, passageiro, com a marca cruel da descartabilidade. Tudo isto leva a uma substituição contínua das posses da família, por novas acumulações que tomam o lugar das anteriores. Uma geração viu surgir o DVD e o CD e assistiu o ocaso das fitas e vídeos cassete e dos LPs. A mesma geração viu o surgimento da internet, do celular e a derrocada do aparelho de fax. Os agora obsoletos celulares da primeira fabricação deram lugar aos modernos aparelhos que acessam a internet. O que esta sociedade em constante mutação ensina à família, por via indireta, também é a descartabilidade das pessoas. Objetos descartáveis influíram na fragilização das relações humanas. O conceito de “bens duráveis” se reduziu minimamente. E neste pacote a família se misturou.

b) O avanço avassalador da tecnologia - O que está por trás desta rápida saturação dos produtos - e a necessidade imposta pelas leis de mercado para o surgimento e a oferta de novos, com um plus sedutor -, é o avanço espetacular das descobertas tecnológicas. O ser humano evoluiu no aspecto tecnológico e se brutalizou nas relações sociais. Como nunca as sociedades experimentam o terror da violência e das drogas. Até parece que o progresso almejado intensamente e parido a fórceps, não gerou outra coisa senão o desgaste, a superficialidade e a frustração em lugar do conforto, da tranqüilidade e do bem-estar tão desejados.

c) A incômoda pluralidade das idéias - Paralelo a tudo isto, a modernidade viu surgir um novo tempo em que as idéias se intercambiam e se espraiam pela sociedade como se fossem produtos de consumo da prateleira do supermercado da mente e da alma. Cada um segue o que quer, pensa o que quer, acredita ou deixa de acreditar no que quiser e ninguém tem nada a ver com isso. A sociedade, então, começou a perder suas raízes e a viver sob a égide do “hoje”, segundo a vã filosofia dos que não acreditavam na ressurreição: “comamos e bebamos, pois amanhã morreremos” (1Co 15.32). Mas esta idéia imediatista e utilitarista da vida só ajudou a solapar com os valores cristãos e a minar a influência benéfica da família na formação dos indivíduos para viver em sociedade.

d) A rejeição angustiante aos valores morais - Como conseqüência, esse mundo plural impôs uma nova ética e uma nova moral onde se “é proibido proibir”. Vivemos numa verdadeira sociedade do “vale tudo”, em que qualquer intervenção no sentido de disciplinar, corrigir, é vista de forma atravessada, não sendo bem recebida, inclusive dentro das igrejas. Assim, estes novos tempos experimentados pela família, viram aparecer uma avalanche de violência, uma onda de drogadependentes, uma exaltação ao homossexualismo, o aumento do índice de gravidez na adolescência e tantos outros males que comprometem a vida futura de gente que se perde sem rumo e não se dá conta do poço sem fundo em que está se metendo.

Que Deus proteja as famílias cristãs das influências nocivas do mundo presente e que saibamos dar a resposta adequada aos clamores do mundo.

O DESAFIO DA BUSCA DE RELACIONAMENTOS CONFORME A VONTADE DE DEUS



Vivemos tempos difíceis para a família cristã e, conseqüentemente, para a juventude. Nossas famílias precisam estar fortalecidas para também poderem amparar seus jovens e lhes oferecer condições para o enfrentamento das adversidades e se tornarem vencedores.

A família cristã também vence os problemas do mundo moderno, com um padrão de relacionamento, seja conjugal (marido e mulher), filial (pais e filhos), fraternal (irmãos em Cristo) e vivencial (vizinhança e colegas diversos) vivendo-o em moldes superiores aos demonstrados por aqueles que não têm o temor de Deus (Mt 5.20).

Como conseguir isto? Através da experiência de fé e dependência de Deus. Para tanto, precisa-se cultivar o sadio hábito da comunhão na Palavra, diariamente, no lar. Ler a Bíblia e orar todos os dias com as crianças e todos da casa, é atitude que imprime valores e molda o caráter de uma forma que só podemos aquilatar quando nos tornamos adultos.

O relacionamento de um casal crente há que ser na base do amor, da espiritualidade, da compreensão, do diálogo, do carinho, do respeito mútuo e da aceitação da humanidade de um e de outro. Quando um casal procura ajustar-se, entendendo-se e fortalecendo-se mutuamente, fica mais fácil enfrentar as lutas da vida.

Da mesma forma, o relacionamento com os filhos há de ser respeitoso, ordeiro, amoroso, altruísta e pleno de espiritualidade. A harmonia do lar precisa ser sentida em cada instante, desde os momentos mais difíceis até aqueles em que se desfrute de abundância.

Devem, também, os membros da família cristã, procurar manterem-se firmes na busca de dar testemunho vivo da presença de Cristo em suas vidas. A boa convivência com os outros; o relacionamento amistoso com vizinhança, respeitando-se as regras do bom viver; tudo isto contribuirá para a conquista de um mundo melhor.

Que Deus nos abençoe a vivenciarmos a vida cristã de uma forma sadia e darmos bom testemunho do poder do Evangelho em nós.

O DESAFIO DA MANUTENÇÃO DE VALORES



Outro desafio para a família cristã, que nos levará a ser mais do que vencedores sobre os problemas deste mundo (Rm 8.31-39), é a manutenção dos valores cristãos. Também, neste ponto, poderemos ser tidos como "esquisitões" pelos lá de fora; taxados de "extra-terrestres espirituais" ou alcunhas semelhantes, mas disso não poderemos escapar e isto não devemos temer.

A Bíblia já revela que o homem natural não consegue compreender as coisas de Deus: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucuras; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2.14). Então, de certa forma, haveremos de ser diferentes do padrão normal vigente em nossa sociedade.

Muitos devem estranhar a nossa forma de "guardar" o Dia do Senhor. Devem se perguntar: "Estes crentes não se cansam de ir à Igreja todos os domingos não?" Para eles, este é um costume enfadonho. Quando você, como crente, começa a se perguntar assim: "Será que tenho que ir todo domingo à Igreja mesmo?", é sinal de que está começando a haver um problema em sua vida espiritual que precisa ser resolvido logo.

É de bom tom que a Igreja, mesmo em pleno Século XXI, continue a condenar o uso de bebidas alcoólicas (a bebida mata mais que as drogas, e a sociedade finge não ver!); o cigarro e derivados; qualquer espécie de droga; as jogatinas, sejam elas legalizadas (Baú da Felicidade, raspadinhas, loto, loteria, loteca, loto-mania etc) sejam clandestinas (nem tanto: jogo do bicho, bingos, cassinos, máquinas caça-níqueis); os bailes, as danças e similares. E todo comportamento inadequado para o cristão, que menospreze sua fé e embote a atuação de seu Deus.

O crente não pode gostar das coisas que o não-crente gosta. A palavra nos adverte que a amizade do mundo é inimizade contra Deus. Tanto Paulo quanto Tiago advertem sobre esta questão. Paulo diz: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Rm 8.7) Já Tiago é mais contundente. Ele afirma: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).

Permanecer nos valores do amor, da graça, da misericórdia, da piedade, da justiça e de tantas outras virtudes como exemplificadas no "fruto do Espírito" (Gl 5.22,23), deve ser o objetivo da família cristã que quer vencer este mundo presente. Que Deus abençoe cada irmão na sua luta em prol da manutenção dos valores bíblico-cristãos.

A FAMÍLIA EM FACE DA MODERNIDADE



Se há uma instituição que sofreu com as grandes transformações ocorridas no mundo a partir das décadas finais do século XIX e ao longo de todo o século XX esta instituição foi a família. Os novos valores, a industrialização crescente, a busca desenfreada por progresso, as doutrinas humanistas e materialistas, a ode a um tipo de liberdade que se opõe à moral cristã, tudo isso contribuiu para desajustes internos que levaram a uma nova formulação do “ser família” e, em muitos casos, às perdas irreparáveis para aqueles que não conseguiram se adequar aos novos tempos.

Dentre tantas influências e resultados impostos à família pela modernidade, vamos destacar alguns que marcaram este momento e de alguma forma engendraram mudanças no contexto familiar.

a) Perda do referencial - A família sempre foi o lugar do “eterno retorno”. Podíamos sair para trabalhar, estudar, viajar e nos divertir, mas sabíamos que tínhamos um lar para onde, ao voltar, tudo se ajustaria novamente a uma normalidade tranqüilizadora. A modernidade trouxe alternativas. O indivíduo ampliou o seu mundo e de uma visão intra-lar, passou a cultivar uma visão exo-lar ou extra-lar. A casa já não mais é acolhedora, ela é conservadora e conseqüentemente inibidora de descobertas, de crescimento, de expansão, como o mundo de ofertas lá de fora insiste em nos alcançar. Então, a família passou a ser o epicentro de abalos morais e relacionais que expulsavam o indivíduo para fora - num sentindo inverso de sua vocação -, instigado que era pelas tentações advindas do poder desmantelador das seduções da modernidade sobre sua vida.

b) Superficialidade - A perda do referencial familiar - numa transição sutil do poder de influência, principalmente sobre os mais novos membros da família (crianças, adolescentes e jovens) -, transição esta do poder de coerção da família para o poder liberalizador da sociedade, da mídia e do dinheiro, fez com que surgisse uma era de relacionamentos superficiais, descartáveis, bem ao gosto de cada um e de interesses menos nobres. Esta superficialidade gerou novos relacionamentos intra-lar dos tipos: “cada-qual-vive-como-quer” e “ninguém-é-de-ninguém”, onde relacionamentos frios, distantes, vivendo-se sob a sombra do amor e da comunhão do passado, vão transformar a residência em mero dormitório ou lugar de passagem para voltar a ganhar o mundo de fora no dia seguinte.

c) Descompromisso - Nessa modernidade detentora de novos valores, os membros da família passam a ter compromisso somente com a sua satisfação pessoal. O hedonismo marcante dos nossos dias - em que a satisfação e o prazer pessoais precisam ser alcançados a qualquer custo - é também decorrente dessa modernidade que, ao promover uma superficialidade de relacionamentos, também impõem um total descompromisso para com o outro. O próximo como alvo de atenção humanitária e cristã {como no exemplo do “Bom Samaritano” (Lc 10.25-37) ou do ensino de “amar ao próximo como a si mesmo” (Mc 12.28-34)} deixou de ser a quintessência da virtude solidária, para ser “o inimigo”, “o competidor”, “o frustrador de sonhos”. Ninguém quer se comprometer com nada nem com ninguém. Já temos problemas demais para resolver.

d) Competitividade - Então, estes tempos modernos nos jogam dentro do cruel alçapão da competitividade. Temos que ser bons para prevalecer. Mais que isto, temos que ser os melhores. E isto não só com relação ao mercado de trabalho, mas também em todos os demais aspectos da vida: cultura, sociedade, esportes e até família. Foi deflagrado um processo de competição geral em que estamos sempre nos medindo, comparando, batendo com o outro para conferir quem sabe, quem faz e acontece e quem é o melhor. Então o outro deixa de ser parceiro para ser adversário. E a vida vai se tornando cada vez mais árida e atroz.

e) Urgência - Paralelo a tudo isto se impõe um angustiante sentido de urgência. O que precisa ser feito deve ser feito já. Vivemos uma sociedade apressada, onde a correria é sua marca e o frenesi sua paixão. Não paramos, pensamos, ponderamos. Agimos. E no agir desavisado e tresloucado, nem sempre a presença da sensatez e do equilíbrio, mas a ânsia da realização para se conquistar um lugar ao sol. E muitas vezes isto contamina as famílias cristãs e a própria igreja que cai num ativismo “emburrecedor” que consome energia e aniquila esperanças.

A modernidade, com sua herança nem sempre bendita, precisa ser avaliada face aos problemas enfrentados pelas famílias de nossos dias a fim de que não haja maiores prejuízos do que os que já estão ocorrendo.
Que Deus abençoe cada um de nós a vivermos de acordo com sua vontade e a construirmos famílias biblicamente ajustadas.

O PROJETO ORIGINAL DE DEUS PARA A FAMÍLIA



O modelo de família de Deus para a humanidade e, mais especificamente para os seus filhos, é o modelo de relacionamento responsável, união estável, amor conjugal, interesse mútuo, paternidade e maternidade responsável, participação solidária na vida familiar.

No projeto original de Deus, sua percepção de que não era bom o homem estar só, o leva a formar a mulher, com o propósito de que esta viesse a ser sua companheira, sua ajudadora (Gn 2.18-25). Daí se originou os primeiros filhos. Estava formado o primeiro núcleo familiar no mundo, dentro dos padrões de Deus.

A família que nasce em Deus, é uma família voltada para a satisfação do ser: "Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18). Esta constatação, por si mesma, evidencia que Deus estava interessado no bem estar da sua criatura. Família, portanto, surgiu para trazer satisfação, complementação, ajuste, prazer, alegria, plenitude e todos os outros sentimentos inerentes a própria condição de ser família. Ou seja, família é para ser bênção segundo a intenção original de Deus. Daí, os servos do Senhor não deverem se contentar com nada menos que uma família bem estabelecida, ajustada, onde reine a paz e o amor. Se não experimentam esta realidade por algum motivo circunstancial, devem lutar diante de Deus, corrigir seus erros (2Cr 7.14) e arrependidos procurar elevar a sua família à condição original para a qual Deus a estabeleceu.

No plano divino a família é formada de um só parceiro/a, por isso Deus providenciou apenas uma companheira para Adão (Gn 2.18) e recomendou que os líderes fossem maridos de uma só mulher (1Tm 3.2). Ele estabeleceu que o casamento fosse o lugar para procriação e que o casal teria essa tarefa de povoar a terra (Gn 1.28). Estabeleceu que o relacionamento entre marido e mulher fosse de submissão, por parte dela (Ef 5.22) e amor, por parte dele (Ef 5.25). Ele definiu que os filhos são bênçãos, heranças, do Senhor (Sl 127.3-5) e que por isso, os pais deveriam zelar por eles, aplicando disciplina, se necessário, com amor (Ef 6.4). Também definiu que os filhos fossem obedientes a seus pais (Ef 6.1) e que a eles deveriam honrar, prometendo longevidade para aqueles que assim procedessem (Ex 20.12). Qualquer constituição familiar que fuja a este padrão divino é pecado, pois contraria frontalmente a intenção de Deus, caracterizando-se como desobediência aos seus ensinamentos. Todo servo de Deus deve primar por uma família dentro dos padrões divinos.

Se necessário, a família deve optar pelos ajustes, mas nunca incorrer em embustes, fugindo daquilo que é recomendado pelas Sagradas Escrituras. O servo do Senhor quererá agir e viver em conformidade com a vontade de seu Deus. Que Deus abençoe cada um de nós a vivermos de acordo com sua vontade e a construirmos famílias biblicamente ajustadas.

A CRENÇA NA SATISFAÇÃO PESSOAL COMO RAZÃO PRIMEIRA DA EXISTÊNCIA



A visão utilitarista, pragmática, hedonista da vida, comportamento este ressaltado pelo individualismo exacerbado de uma sociedade voltada para a satisfação própria, para a busca intensa do prazer a qualquer custo; tem sido extremamente desagregadora e tem contribuído para a coisificação da vida e dos relacionamentos.

Há uma busca insana de ganhos, lucros, de se extrair vantagens pessoais em tudo o que se faz e se envolve, caso contrário, mantém-se alheio ao que acontece ao redor. É o que ficou conhecido no Brasil como a "Lei de Gérson", famoso tri-campeão mundial de futebol que num infeliz comercial de tevê do final da década de 70, usava a seguinte expressão: "Leve vantagem em tudo!"

Se o individualismo proclama a busca da satisfação pessoal como a razão primeira da existência - e nossa sociedade imoral abraçou a idéia com afinco, pois as oportunidades desviantes de caráter são inúmeras nos dias atuais -, por outro lado vemos que as pessoas que levaram esta filosofia de vida às últimas conseqüências, caíram num vazio existencial que levou muitas delas à obtenção e convivência com doenças de profunda correlação psicossomática, tais como: angústia, depressão, ansiedade, stress; marcando várias gerações que recorreram aos divãs psicanalíticos para desafogar suas mágoas, resolver suas relações intra-existenciais e inter-humanas.

O individualismo peca por colocar o indivíduo no lado oposto da vida em sociedade: primeiro o "eu", depois, se sobrar, o "nós". É o que já se tem dito com relação a muitos que procuram a religião e a Deus apenas nos momentos de necessidade: Só quer o "venha a nós", porém, "a vosso Reino, nada!" Esta crença na satisfação pessoal como algo que se tenha que conseguir a qualquer custo, nega a realidade deste mundo, muitas vezes aflitiva, como declarou Jesus (Jo 16.33) e que deve pautar-se por uma vida de humildade e valorização das pequenas coisas que, no somatório da existência, são as que mais contribuem para a satisfação do "ser" (Mt 5.1-12; Fp 2.1-11; Ef 4.1-16).

Podemos concluir este ressaltando que o segredo para ser um vencedor sem ser um individualista inveterado, é buscar o equilíbrio relacional. Como alcançar este equilíbrio? Vejamos algumas sugestões práticas:

1ª) É preciso cumprir o mandamento do "amor ao próximo" - Ninguém que obedeça a este mandamento (cf. Mc 12.28-34), cairá na esparrela degradante de um individualismo que sufoca e que desrespeita os valores mais caros de vida comunitária.

2ª) É preciso reconhecer a dimensão social e comunitária do Evangelho - Como já temos aprendido, ninguém é salvo para o nada, para o vazio. Somos salvos para Deus, para seus propósitos, e o cristão, convicto de sua fé, há de querer cumprir a vontade do Pai (cf. Jo 15.14). Somos salvos, então, para o serviço. Por isso que cada crente deve cantar o velho hino: "No serviço do meu Rei eu sou feliz" com redobrada satisfação e trabalhar para mostrar pelas obras a fé que tem (Tg 2.14-26).

3ª) É preciso seguir o exemplo do Mestre - Nada melhor do que nos espelharmos em Cristo para fugir dos perigos do individualismo. Se há alguém que sempre pensou no outro este alguém foi Jesus. Sua compaixão, sua atenção para com os mais pobres e marginalizados, a dispensação de favores aos desvalidos deste mundo, tudo mostra como Jesus focou seu ministério não em sua satisfação própria, mas no outro. O texto de Filipenses 2.1-11 demonstra esta renúncia de Jesus visando a humanidade. O esvaziamento de suas prerrogativas divinas, fazendo-se homem e servo para resgatar a humanidade, levou Cristo à exaltação. Se quisermos ser bem-sucedidos, o caminho é este: do serviço, da humildade; o oposto do que a sociedade busca (Mt 23.12).

Que Deus abençoe cada um de nós a vivermos de acordo com sua vontade e na medida certa do amor cristão.