sábado, 14 de maio de 2011

MEU TESTEMUNHO PESSOAL SOBRE A IGREJA BATISTA DO PRADO



“Vi a Igreja Batista do Prado, nascer. Aliás, participei deste nascimento. Em princípio, como membro da 2ª Igreja Batista de Nova Friburgo, freqüentando os cultos do ponto de pregação na casa do saudoso irmão Archimedes Bilac Galhardo no Loteamento Nova Aurora, hoje bairro São Jorge. Depois, quando inaugurada a Congregação, participando deste momento auspicioso e, organizada a Igreja em 06 de Setembro de 1980, sendo um dos pregadores naquele momento inicial, na condição de seminarista.

Ajudei também na construção do primeiro templo da então 4ª Igreja Batista de Nova Friburgo. Lembro-me que saía, junto com meu irmão João Marcos, das aulas matinais no Colégio Canadá em Olaria e, aguardando a tão esperada marmita, almoçávamos no canteiro de obras, para ajudar a levantar as paredes daquele templo.

Aprouve a Deus, passados os anos, depois que a Igreja teve como pastores, J. J. Soares Filho (fundador), Pauledir Carlos Emerick, Nelson Pinheiro do Carmo, Eli Santos Vieira, Gasparotto, chamar-me para ser ministro desta Igreja. Pr. Gasparotto me deu posse no dia 02 de Setembro de 1995, em bonito culto, quando pregou o meu colega Pr. Joélcio Rodrigues Barreto. São passados 15 anos desde a minha posse. Agora a Igreja completa seu Jubileu de Pérola. Destes 30 anos, metade passei com esta Igreja que amo e que sonho vê-la cada vez mais fazendo a Obra do Pai.

Aqui vivi bons e maus momentos. Momentos de júbilo e momentos de tristeza. Momentos de explosão de alegria e momentos de recolhimento e reflexão. Posso recordar os avanços que Deus operou através da Igreja e com a participação dos irmãos que investiram tempo, sonhos, recursos desejos espirituais. Tudo o que a Igreja pode experimentar neste tempo, foi graças ao poder de Deus operando em nossas vidas, principalmente daqueles que exercitaram a fé e abraçaram os desafios do Senhor para nós.

Posso me recordar dos Congressos Internos de Administração que fizemos no início para definirmos os novos rumos da Igreja, a implantação de ministérios auxiliares que funcionou muito bem durante bons anos, a implantação de Células Familiares que alavancou o crescimento da Igreja, o Treinamento de Líderes leigos para atuarem no campo da Igreja, a realização dos Eventos Gospel para um Natal sem Fome com grandes celebrações espirituais, a atuação do Ministério de Ação Social e tudo o que foi feito neste campo.

Além disso, a Igreja foi usada por Deus para a ordenação neste tempo de três seminaristas ao ministério da Palavra: Pr. Wellington Vaz Spínola (1998), Pr. Clésio Bellotto de Moraes (2001) e Pr. Hamilton Silva Nogueira (2003); ajudou a PIB de Nova Friburgo, cedendo o templo para seu funcionamento no período crítico dos desvios doutrinários, onde aqui também foi ordenado o Seminarista, hoje Pr. Haniel Bastos; organizou congregações que hoje atuam em nossa região: Riograndina, Campo do Coelho, São Jorge, Bom Jardim, Rui Sanglard e se prepara para organizar sua primeira filha (09/10) que se chamará Igreja Batista em Conselheiro Paulino.

Poderíamos falar dos motivadores e abençoadores Congressos de Despertamento Espiritual, das aquisições de terrenos e casas para ampliar o patrimônio da Igreja, das recepções de Assembléias da Associação Batista Serrana (como nunca dantes aconteceu!), da recepção da Assembléia da CBF em 2005 por ocasião de nosso Jubileu de Prata. Tudo isso, são passos dados pela Igreja na consecução dos objetivos do Senhor e da missão espiritual a ela confiada.

Agradeço a Deus os que estiveram apoiando o ministério pastoral neste período. Agradeço a minha família o apoio e a presença afetiva em todos os momentos. Agradeço aos amigos que estiveram ao meu lado em todas as circunstâncias. Sou grato àquelas ovelhas que são obedientes e cooperam para a Obra do Evangelho de forma despojada e alegre.

Não sei o tempo que Deus ainda tem para o exercício de meu ministério nesta Igreja. Creio que, passados tantos anos, seu fim esteja próximo. Enquanto estiver com os irmãos quero cumprir a minha vocação com denodo e coragem. Com ousadia e sabedoria. Com alegria e inspiração.

Que Deus nos abençoe ricamente. Parabéns, Igreja, pelo seu Jubileu de Pérola. Muitas bênçãos de Deus sobre todos.”

APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES DE DEUS PARA A NOSSA VIDA



Muitas oportunidades se apresentam para os crentes nos dias de hoje. Cada um deve aproveitar ao máximo as que lhe são possíveis e desenvolver aquelas em que está falhando para que a presença do cristianismo no mundo, através de nossas vidas e famílias, seja cada vez mais significativa neste mundo desesperançado. Vamos avaliar algumas dessas oportunidades, lembrando que todas elas precisam ser postas em prática já.

1ª) O crente pode ser o sustentáculo de um mundo sem Deus - Nossa sociedade se tornou materialista a tal ponto que repete em nossos dias os interesses terrenais dos tempos de Noé em que: "comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento", despreocupados da vida até que o Dilúvio os consumiu (Lc 17.27); o mesmo ocorrendo nos tempos de Ló, quando o enxofre os destruiu (Lc 17.28,29). Pela fé, vivendo em santidade e piedade, podemos servir de referencial e sustentáculo neste mundo até o dia em que aprouver a Deus nos chamar.

2ª) O crente pode ser um amante de missões - A obra missionária começa no lar. Lares que hospedam pastores, missionários, evangelistas, repassam para as crianças as alegrias e venturas da vida abençoada pela Obra. Despertam e aguçam o interesse por missões e, conseqüentemente, tornam-se celeiros de onde sairão os novos missionários. Que bênção!

3ª) O crente pode ajudar a minorar a dor do mundo - É na família que ensinamos que a vida não é algo que nos advém de forma mágica. Existir e subsistir são frutos de dedicação e trabalho. Cada coisa deve ser valorizada no tamanho e na dimensão certa. A criança precisa descobrir quanto custa cada objeto e valorizar a mordomia cristã. Assim, ela também aprenderá que "amar ao próximo" é mais factível do que se possa imaginar (Mt 5.43,44). Quando somos solidários e nos apresentamos a Deus para servir, podemos abençoar outras vidas que dependem dessa demonstração de carinho e amor do povo de Deus.

4ª) O crente pode representar o fiel da balança num mundo perdido - O ceticismo impera em muitos corações que perderam o referencial de vida. Desacreditados e desesperançados com os políticos e líderes, muitos cidadãos ainda têm a chance de encontrar na Igreja de Cristo, um baluarte da fé. Não podemos decepcionar. Ser fiel (Ap 2.10) é o desafio para cada crente e, dessa forma, contribuímos positivamente para a construção de uma sociedade melhor.

Que Deus proteja as nossas vidas e que possamos aceitar os desafios de sermos cristãos conforme o padrão de Deus e as necessidades do mundo perdido.

UMA SOCIEDADE EM CONSTANTE MUTAÇÃO



Uma marca dos tempos modernos é a sua facilidade em promover mudanças rápidas. Esta mutabilidade apressada destes dias, também provoca desajustes internos na família, visto que esta possui um perfil mais conservador e caracteriza-se por ser um espaço de afirmação de valores. Mas a sociedade moderna não está preocupada com isto, principalmente em se tratando de valores e princípios cristãos, que para o mundo são inibidores do prazer e da satisfação pessoal.

Vamos considerar alguns aspectos dessas mudanças ocorridas no mundo moderno que, de alguma forma, afetam a família.

a) A rápida obsolescência dos equipamentos - A sociedade em constante mutação que nos abriga e nos acolhe nos dias de hoje possui como ponta visível desse iceberg destrutivo, a rápida obsolescência das máquinas e equipamentos por ela criados. Nada é duradouro. As novas fabricações possuem caráter efêmero, passageiro, com a marca cruel da descartabilidade. Tudo isto leva a uma substituição contínua das posses da família, por novas acumulações que tomam o lugar das anteriores. Uma geração viu surgir o DVD e o CD e assistiu o ocaso das fitas e vídeos cassete e dos LPs. A mesma geração viu o surgimento da internet, do celular e a derrocada do aparelho de fax. Os agora obsoletos celulares da primeira fabricação deram lugar aos modernos aparelhos que acessam a internet. O que esta sociedade em constante mutação ensina à família, por via indireta, também é a descartabilidade das pessoas. Objetos descartáveis influíram na fragilização das relações humanas. O conceito de “bens duráveis” se reduziu minimamente. E neste pacote a família se misturou.

b) O avanço avassalador da tecnologia - O que está por trás desta rápida saturação dos produtos - e a necessidade imposta pelas leis de mercado para o surgimento e a oferta de novos, com um plus sedutor -, é o avanço espetacular das descobertas tecnológicas. O ser humano evoluiu no aspecto tecnológico e se brutalizou nas relações sociais. Como nunca as sociedades experimentam o terror da violência e das drogas. Até parece que o progresso almejado intensamente e parido a fórceps, não gerou outra coisa senão o desgaste, a superficialidade e a frustração em lugar do conforto, da tranqüilidade e do bem-estar tão desejados.

c) A incômoda pluralidade das idéias - Paralelo a tudo isto, a modernidade viu surgir um novo tempo em que as idéias se intercambiam e se espraiam pela sociedade como se fossem produtos de consumo da prateleira do supermercado da mente e da alma. Cada um segue o que quer, pensa o que quer, acredita ou deixa de acreditar no que quiser e ninguém tem nada a ver com isso. A sociedade, então, começou a perder suas raízes e a viver sob a égide do “hoje”, segundo a vã filosofia dos que não acreditavam na ressurreição: “comamos e bebamos, pois amanhã morreremos” (1Co 15.32). Mas esta idéia imediatista e utilitarista da vida só ajudou a solapar com os valores cristãos e a minar a influência benéfica da família na formação dos indivíduos para viver em sociedade.

d) A rejeição angustiante aos valores morais - Como conseqüência, esse mundo plural impôs uma nova ética e uma nova moral onde se “é proibido proibir”. Vivemos numa verdadeira sociedade do “vale tudo”, em que qualquer intervenção no sentido de disciplinar, corrigir, é vista de forma atravessada, não sendo bem recebida, inclusive dentro das igrejas. Assim, estes novos tempos experimentados pela família, viram aparecer uma avalanche de violência, uma onda de drogadependentes, uma exaltação ao homossexualismo, o aumento do índice de gravidez na adolescência e tantos outros males que comprometem a vida futura de gente que se perde sem rumo e não se dá conta do poço sem fundo em que está se metendo.

Que Deus proteja as famílias cristãs das influências nocivas do mundo presente e que saibamos dar a resposta adequada aos clamores do mundo.

O DESAFIO DA BUSCA DE RELACIONAMENTOS CONFORME A VONTADE DE DEUS



Vivemos tempos difíceis para a família cristã e, conseqüentemente, para a juventude. Nossas famílias precisam estar fortalecidas para também poderem amparar seus jovens e lhes oferecer condições para o enfrentamento das adversidades e se tornarem vencedores.

A família cristã também vence os problemas do mundo moderno, com um padrão de relacionamento, seja conjugal (marido e mulher), filial (pais e filhos), fraternal (irmãos em Cristo) e vivencial (vizinhança e colegas diversos) vivendo-o em moldes superiores aos demonstrados por aqueles que não têm o temor de Deus (Mt 5.20).

Como conseguir isto? Através da experiência de fé e dependência de Deus. Para tanto, precisa-se cultivar o sadio hábito da comunhão na Palavra, diariamente, no lar. Ler a Bíblia e orar todos os dias com as crianças e todos da casa, é atitude que imprime valores e molda o caráter de uma forma que só podemos aquilatar quando nos tornamos adultos.

O relacionamento de um casal crente há que ser na base do amor, da espiritualidade, da compreensão, do diálogo, do carinho, do respeito mútuo e da aceitação da humanidade de um e de outro. Quando um casal procura ajustar-se, entendendo-se e fortalecendo-se mutuamente, fica mais fácil enfrentar as lutas da vida.

Da mesma forma, o relacionamento com os filhos há de ser respeitoso, ordeiro, amoroso, altruísta e pleno de espiritualidade. A harmonia do lar precisa ser sentida em cada instante, desde os momentos mais difíceis até aqueles em que se desfrute de abundância.

Devem, também, os membros da família cristã, procurar manterem-se firmes na busca de dar testemunho vivo da presença de Cristo em suas vidas. A boa convivência com os outros; o relacionamento amistoso com vizinhança, respeitando-se as regras do bom viver; tudo isto contribuirá para a conquista de um mundo melhor.

Que Deus nos abençoe a vivenciarmos a vida cristã de uma forma sadia e darmos bom testemunho do poder do Evangelho em nós.

O DESAFIO DA MANUTENÇÃO DE VALORES



Outro desafio para a família cristã, que nos levará a ser mais do que vencedores sobre os problemas deste mundo (Rm 8.31-39), é a manutenção dos valores cristãos. Também, neste ponto, poderemos ser tidos como "esquisitões" pelos lá de fora; taxados de "extra-terrestres espirituais" ou alcunhas semelhantes, mas disso não poderemos escapar e isto não devemos temer.

A Bíblia já revela que o homem natural não consegue compreender as coisas de Deus: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucuras; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2.14). Então, de certa forma, haveremos de ser diferentes do padrão normal vigente em nossa sociedade.

Muitos devem estranhar a nossa forma de "guardar" o Dia do Senhor. Devem se perguntar: "Estes crentes não se cansam de ir à Igreja todos os domingos não?" Para eles, este é um costume enfadonho. Quando você, como crente, começa a se perguntar assim: "Será que tenho que ir todo domingo à Igreja mesmo?", é sinal de que está começando a haver um problema em sua vida espiritual que precisa ser resolvido logo.

É de bom tom que a Igreja, mesmo em pleno Século XXI, continue a condenar o uso de bebidas alcoólicas (a bebida mata mais que as drogas, e a sociedade finge não ver!); o cigarro e derivados; qualquer espécie de droga; as jogatinas, sejam elas legalizadas (Baú da Felicidade, raspadinhas, loto, loteria, loteca, loto-mania etc) sejam clandestinas (nem tanto: jogo do bicho, bingos, cassinos, máquinas caça-níqueis); os bailes, as danças e similares. E todo comportamento inadequado para o cristão, que menospreze sua fé e embote a atuação de seu Deus.

O crente não pode gostar das coisas que o não-crente gosta. A palavra nos adverte que a amizade do mundo é inimizade contra Deus. Tanto Paulo quanto Tiago advertem sobre esta questão. Paulo diz: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Rm 8.7) Já Tiago é mais contundente. Ele afirma: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).

Permanecer nos valores do amor, da graça, da misericórdia, da piedade, da justiça e de tantas outras virtudes como exemplificadas no "fruto do Espírito" (Gl 5.22,23), deve ser o objetivo da família cristã que quer vencer este mundo presente. Que Deus abençoe cada irmão na sua luta em prol da manutenção dos valores bíblico-cristãos.

A FAMÍLIA EM FACE DA MODERNIDADE



Se há uma instituição que sofreu com as grandes transformações ocorridas no mundo a partir das décadas finais do século XIX e ao longo de todo o século XX esta instituição foi a família. Os novos valores, a industrialização crescente, a busca desenfreada por progresso, as doutrinas humanistas e materialistas, a ode a um tipo de liberdade que se opõe à moral cristã, tudo isso contribuiu para desajustes internos que levaram a uma nova formulação do “ser família” e, em muitos casos, às perdas irreparáveis para aqueles que não conseguiram se adequar aos novos tempos.

Dentre tantas influências e resultados impostos à família pela modernidade, vamos destacar alguns que marcaram este momento e de alguma forma engendraram mudanças no contexto familiar.

a) Perda do referencial - A família sempre foi o lugar do “eterno retorno”. Podíamos sair para trabalhar, estudar, viajar e nos divertir, mas sabíamos que tínhamos um lar para onde, ao voltar, tudo se ajustaria novamente a uma normalidade tranqüilizadora. A modernidade trouxe alternativas. O indivíduo ampliou o seu mundo e de uma visão intra-lar, passou a cultivar uma visão exo-lar ou extra-lar. A casa já não mais é acolhedora, ela é conservadora e conseqüentemente inibidora de descobertas, de crescimento, de expansão, como o mundo de ofertas lá de fora insiste em nos alcançar. Então, a família passou a ser o epicentro de abalos morais e relacionais que expulsavam o indivíduo para fora - num sentindo inverso de sua vocação -, instigado que era pelas tentações advindas do poder desmantelador das seduções da modernidade sobre sua vida.

b) Superficialidade - A perda do referencial familiar - numa transição sutil do poder de influência, principalmente sobre os mais novos membros da família (crianças, adolescentes e jovens) -, transição esta do poder de coerção da família para o poder liberalizador da sociedade, da mídia e do dinheiro, fez com que surgisse uma era de relacionamentos superficiais, descartáveis, bem ao gosto de cada um e de interesses menos nobres. Esta superficialidade gerou novos relacionamentos intra-lar dos tipos: “cada-qual-vive-como-quer” e “ninguém-é-de-ninguém”, onde relacionamentos frios, distantes, vivendo-se sob a sombra do amor e da comunhão do passado, vão transformar a residência em mero dormitório ou lugar de passagem para voltar a ganhar o mundo de fora no dia seguinte.

c) Descompromisso - Nessa modernidade detentora de novos valores, os membros da família passam a ter compromisso somente com a sua satisfação pessoal. O hedonismo marcante dos nossos dias - em que a satisfação e o prazer pessoais precisam ser alcançados a qualquer custo - é também decorrente dessa modernidade que, ao promover uma superficialidade de relacionamentos, também impõem um total descompromisso para com o outro. O próximo como alvo de atenção humanitária e cristã {como no exemplo do “Bom Samaritano” (Lc 10.25-37) ou do ensino de “amar ao próximo como a si mesmo” (Mc 12.28-34)} deixou de ser a quintessência da virtude solidária, para ser “o inimigo”, “o competidor”, “o frustrador de sonhos”. Ninguém quer se comprometer com nada nem com ninguém. Já temos problemas demais para resolver.

d) Competitividade - Então, estes tempos modernos nos jogam dentro do cruel alçapão da competitividade. Temos que ser bons para prevalecer. Mais que isto, temos que ser os melhores. E isto não só com relação ao mercado de trabalho, mas também em todos os demais aspectos da vida: cultura, sociedade, esportes e até família. Foi deflagrado um processo de competição geral em que estamos sempre nos medindo, comparando, batendo com o outro para conferir quem sabe, quem faz e acontece e quem é o melhor. Então o outro deixa de ser parceiro para ser adversário. E a vida vai se tornando cada vez mais árida e atroz.

e) Urgência - Paralelo a tudo isto se impõe um angustiante sentido de urgência. O que precisa ser feito deve ser feito já. Vivemos uma sociedade apressada, onde a correria é sua marca e o frenesi sua paixão. Não paramos, pensamos, ponderamos. Agimos. E no agir desavisado e tresloucado, nem sempre a presença da sensatez e do equilíbrio, mas a ânsia da realização para se conquistar um lugar ao sol. E muitas vezes isto contamina as famílias cristãs e a própria igreja que cai num ativismo “emburrecedor” que consome energia e aniquila esperanças.

A modernidade, com sua herança nem sempre bendita, precisa ser avaliada face aos problemas enfrentados pelas famílias de nossos dias a fim de que não haja maiores prejuízos do que os que já estão ocorrendo.
Que Deus abençoe cada um de nós a vivermos de acordo com sua vontade e a construirmos famílias biblicamente ajustadas.

O PROJETO ORIGINAL DE DEUS PARA A FAMÍLIA



O modelo de família de Deus para a humanidade e, mais especificamente para os seus filhos, é o modelo de relacionamento responsável, união estável, amor conjugal, interesse mútuo, paternidade e maternidade responsável, participação solidária na vida familiar.

No projeto original de Deus, sua percepção de que não era bom o homem estar só, o leva a formar a mulher, com o propósito de que esta viesse a ser sua companheira, sua ajudadora (Gn 2.18-25). Daí se originou os primeiros filhos. Estava formado o primeiro núcleo familiar no mundo, dentro dos padrões de Deus.

A família que nasce em Deus, é uma família voltada para a satisfação do ser: "Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18). Esta constatação, por si mesma, evidencia que Deus estava interessado no bem estar da sua criatura. Família, portanto, surgiu para trazer satisfação, complementação, ajuste, prazer, alegria, plenitude e todos os outros sentimentos inerentes a própria condição de ser família. Ou seja, família é para ser bênção segundo a intenção original de Deus. Daí, os servos do Senhor não deverem se contentar com nada menos que uma família bem estabelecida, ajustada, onde reine a paz e o amor. Se não experimentam esta realidade por algum motivo circunstancial, devem lutar diante de Deus, corrigir seus erros (2Cr 7.14) e arrependidos procurar elevar a sua família à condição original para a qual Deus a estabeleceu.

No plano divino a família é formada de um só parceiro/a, por isso Deus providenciou apenas uma companheira para Adão (Gn 2.18) e recomendou que os líderes fossem maridos de uma só mulher (1Tm 3.2). Ele estabeleceu que o casamento fosse o lugar para procriação e que o casal teria essa tarefa de povoar a terra (Gn 1.28). Estabeleceu que o relacionamento entre marido e mulher fosse de submissão, por parte dela (Ef 5.22) e amor, por parte dele (Ef 5.25). Ele definiu que os filhos são bênçãos, heranças, do Senhor (Sl 127.3-5) e que por isso, os pais deveriam zelar por eles, aplicando disciplina, se necessário, com amor (Ef 6.4). Também definiu que os filhos fossem obedientes a seus pais (Ef 6.1) e que a eles deveriam honrar, prometendo longevidade para aqueles que assim procedessem (Ex 20.12). Qualquer constituição familiar que fuja a este padrão divino é pecado, pois contraria frontalmente a intenção de Deus, caracterizando-se como desobediência aos seus ensinamentos. Todo servo de Deus deve primar por uma família dentro dos padrões divinos.

Se necessário, a família deve optar pelos ajustes, mas nunca incorrer em embustes, fugindo daquilo que é recomendado pelas Sagradas Escrituras. O servo do Senhor quererá agir e viver em conformidade com a vontade de seu Deus. Que Deus abençoe cada um de nós a vivermos de acordo com sua vontade e a construirmos famílias biblicamente ajustadas.

A CRENÇA NA SATISFAÇÃO PESSOAL COMO RAZÃO PRIMEIRA DA EXISTÊNCIA



A visão utilitarista, pragmática, hedonista da vida, comportamento este ressaltado pelo individualismo exacerbado de uma sociedade voltada para a satisfação própria, para a busca intensa do prazer a qualquer custo; tem sido extremamente desagregadora e tem contribuído para a coisificação da vida e dos relacionamentos.

Há uma busca insana de ganhos, lucros, de se extrair vantagens pessoais em tudo o que se faz e se envolve, caso contrário, mantém-se alheio ao que acontece ao redor. É o que ficou conhecido no Brasil como a "Lei de Gérson", famoso tri-campeão mundial de futebol que num infeliz comercial de tevê do final da década de 70, usava a seguinte expressão: "Leve vantagem em tudo!"

Se o individualismo proclama a busca da satisfação pessoal como a razão primeira da existência - e nossa sociedade imoral abraçou a idéia com afinco, pois as oportunidades desviantes de caráter são inúmeras nos dias atuais -, por outro lado vemos que as pessoas que levaram esta filosofia de vida às últimas conseqüências, caíram num vazio existencial que levou muitas delas à obtenção e convivência com doenças de profunda correlação psicossomática, tais como: angústia, depressão, ansiedade, stress; marcando várias gerações que recorreram aos divãs psicanalíticos para desafogar suas mágoas, resolver suas relações intra-existenciais e inter-humanas.

O individualismo peca por colocar o indivíduo no lado oposto da vida em sociedade: primeiro o "eu", depois, se sobrar, o "nós". É o que já se tem dito com relação a muitos que procuram a religião e a Deus apenas nos momentos de necessidade: Só quer o "venha a nós", porém, "a vosso Reino, nada!" Esta crença na satisfação pessoal como algo que se tenha que conseguir a qualquer custo, nega a realidade deste mundo, muitas vezes aflitiva, como declarou Jesus (Jo 16.33) e que deve pautar-se por uma vida de humildade e valorização das pequenas coisas que, no somatório da existência, são as que mais contribuem para a satisfação do "ser" (Mt 5.1-12; Fp 2.1-11; Ef 4.1-16).

Podemos concluir este ressaltando que o segredo para ser um vencedor sem ser um individualista inveterado, é buscar o equilíbrio relacional. Como alcançar este equilíbrio? Vejamos algumas sugestões práticas:

1ª) É preciso cumprir o mandamento do "amor ao próximo" - Ninguém que obedeça a este mandamento (cf. Mc 12.28-34), cairá na esparrela degradante de um individualismo que sufoca e que desrespeita os valores mais caros de vida comunitária.

2ª) É preciso reconhecer a dimensão social e comunitária do Evangelho - Como já temos aprendido, ninguém é salvo para o nada, para o vazio. Somos salvos para Deus, para seus propósitos, e o cristão, convicto de sua fé, há de querer cumprir a vontade do Pai (cf. Jo 15.14). Somos salvos, então, para o serviço. Por isso que cada crente deve cantar o velho hino: "No serviço do meu Rei eu sou feliz" com redobrada satisfação e trabalhar para mostrar pelas obras a fé que tem (Tg 2.14-26).

3ª) É preciso seguir o exemplo do Mestre - Nada melhor do que nos espelharmos em Cristo para fugir dos perigos do individualismo. Se há alguém que sempre pensou no outro este alguém foi Jesus. Sua compaixão, sua atenção para com os mais pobres e marginalizados, a dispensação de favores aos desvalidos deste mundo, tudo mostra como Jesus focou seu ministério não em sua satisfação própria, mas no outro. O texto de Filipenses 2.1-11 demonstra esta renúncia de Jesus visando a humanidade. O esvaziamento de suas prerrogativas divinas, fazendo-se homem e servo para resgatar a humanidade, levou Cristo à exaltação. Se quisermos ser bem-sucedidos, o caminho é este: do serviço, da humildade; o oposto do que a sociedade busca (Mt 23.12).

Que Deus abençoe cada um de nós a vivermos de acordo com sua vontade e na medida certa do amor cristão.

COMPREENDENDO O LUGAR DA FAMÍLIA CRISTÃ NO MUNDO



Que papel deve desempenhar uma família cristã hoje? De que forma esta família pode ser significativa para a sociedade em que vive? O que será que os outros, os não-cristãos, esperam das famílias cristãs? Estas são perguntas de grande relevo, posto que nos levam a refletir sobre a participação que devemos ter como famílias cristãs em nossos dias. E o que Deus espera de nós? Vivemos o eterno conflito do "estar no mundo sem ser do mundo" (Jo 15.19). Isto nos aponta dois aspectos básicos que precisam ser experenciados com sabedoria:

1º) Somos família como qualquer outra. Ou seja, somos uma família normal. Temos direito de nos angustiar, quando alguma coisa nos aflige; chorar, quando estamos entristecidos; sorrir, quando há alegria; divertir, quando há motivo para isso.
Vivemos a experiência da vida dentro dos parâmetros normais da humanidade que em nós ainda fala alto e por isso: amamos, cantamos, gritamos, corremos, saltamos, nos cansamos, comemos, bebemos e dormimos.

Somos o que somos nos louvores ou nos folguedos; nas ambições ou nos fracassos; nas conquistas ou nas esperas. Enfrentamos as filas do INSS; o aperto do salário pequeno; o desgaste das filas de banco; a dor da perda de um ente querido; as derrotas do Fluminense (rsrsrs); o cansaço de um dia fastiento; as inseguranças de um filho; as doenças de um familiar e muito mais.

Ser família para nós possui todos os componentes naturais de uma família moderna que precisa acordar cedo para o trabalho ou a escola, que precisa ser responsável e ter o seu ganha-pão, que precisa se imbuir de esperança, coragem e forças para enfrentar todas as vicissitudes da vida. Nada foge à regra da existência comum debaixo desse sol que continua sempre o mesmo: a brilhar e a aquentar maus e bons desde a fundação dos tempos (Ec 1.9; Mt 5.45).

2º) Somos família de uma forma diferente. Quer dizer, não dá para anunciar que somos salvos, que temos a Cristo como nosso Salvador pessoal, e não mostrar para o mundo, e para a vizinhança de forma especial, a nova vida em Cristo. É preciso que nossa vivência familiar na rua em que moramos e no bairro de nossa residência demonstre alguma coisa diferente que é exatamente esta presença restauradora de Cristo em nós.

Seremos famílias normais, mas famílias que se pautam por um diferencial: O reinado de Cristo sobre suas vidas. Famílias onde há lutas e há dificuldades; mas há força de vontade, há comunhão, há harmonia, há desejo de superação, há expectativas, tudo isso a partir da atuação vitoriosa de Deus em nossas vidas.

As pessoas lá fora, quando têm problemas, enchem a cara de cachaça, se drogam, se prostituem e tornam suas vidas mais caóticas ainda. Nós, pela presença do Espírito de Deus, enfrentamos as crises familiares com joelhos no chão, em oração; com dependência de Deus, em submissão à sua vontade.

Temos este grande desafio de compreender o nosso papel como famílias cristãs, vivermos o Evangelho condignamente e ser sal e luz para aqueles que precisam do nosso testemunho para se encontrar com Deus.

Que Deus abençoe cada família da Igreja na busca dessa vivência espiritual do ser família cristã.

BUSCANDO A VERDADEIRA SATISFAÇÃO DA VIDA



Por vivermos numa sociedade tão voltada para a aparência, que valoriza tanto os aspectos não essenciais da vida, onde estaria a verdadeira satisfação para o indivíduo? A sanha de consumo pode representar um tipo de fuga pela trivialidade, em que o indivíduo se esconde atrás de uma posse qualquer, seja uma roupa nova, um sapato, um artigo mais caro ou mesmo em frivolidades como jogos eletrônicos, lanches fast-food ou quinquilharias chinesas ou paraguaias de pouca utilidade e durabilidade.

Ou seja, o consumismo pode estar a revelar uma insatisfação ou inadequação de alguém ao seu modus vivend. Isso gera insegurança, medos, complexos e temores. E o indivíduo pode estar trocando sua razão de existir das coisas essenciais como o ser humano, a cultura, a fé, para as descartáveis, em uma sociedade de consumo que sempre se aprestará em nos oferecer a melhor opção, mesmo que à luz dos interesses de quem vende. Há todo um jogo de sedução na arte do consumo. O vendedor - esteja ele representado por que indivíduo seja na escala da transação -, está interessado em fazer transferir o dinheiro do seu bolso para o dele. Em última instância, é dessa máxima que se estabelece o comércio.

O crente deve ter muito cuidado com as investidas falaciosas de nossa sociedade de consumo. Se as propagandas prometem realização, felicidade, alegria, satisfação, sedução, conforto, prazer e muito mais; em apelativos comerciais para convencimento dos incautos, os cristãos devemos ter consciência de que nossa satisfação maior não está nas coisas desta vida. Há bênçãos que nos são distribuídas desde a nossa conversão e aquelas que nos são prometidas para a vida futura.

O Apóstolo Paulo alerta no sentido de que nossa expectativa em Deus deve ser maior do que qualquer coisa que venhamos a ter ou experimentar neste mundo: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" (1Co 15.19). Além disso, Paulo mostra que o que Deus tem para nós não tem nada a ver com aquilo que muitas vezes ficamos ambicionando, cobiçando, nesta vida, ao afirmar: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam" (1Co 2.9). O mesmo Paulo que assim cria e vivia era o que podia também declarar: "Porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia" (1Tm 1.12). É o mesmo que ouviu de Deus esta especial afirmação: "A minha graça te basta" (2Co 12.9).

Que possamos estar envolvidos na busca da verdadeira satisfação da vida que é viver em conformidade com a vontade de Deus, agradando-lhe em tudo. Que Deus abençoe a nossa Igreja e que cada irmão se envolva na busca de uma vida plena e piedosa diante da humanidade e, acima de tudo, de Deus.

O QUE HÁ DE BOM E DE RUIM NO INDIVIDUALISMO



Vamos tentar identificar aspectos do individualismo que poderiam ser classificados de positivos ou negativos. Como tudo na vida, precisamos saber definir o que presta e o que não vale a pena. Rechaçar o ruim; e absorver o bom. Seguir a instrução bíblica: "Examinai tudo. Retende o bem" (1Ts 5.21).

De ruim, no individualismo, podemos destacar os seguintes aspectos:

1º) A extrema valorização dos interesses pessoais sobre os coletivos. Isto se torna altamente prejudicial, à medida que promove um sentimento egoísta, voltado para a realização pessoal e o esquecimento da coletividade.

2º) O indivíduo gravitando em torno de si mesmo. Como decorrência, vamos encontrar um indivíduo focado no seu próprio umbigo, atento ao que lhe interessa, despreocupado com o semelhante, mais interessado no que lhe agrada, a despeito da recomendação paulina - "não busca o seu próprio interesse" -, numa antítese do amor (1Co 13.5). Esta concepção do indivíduo centrado em si mesmo prejudica a visão cristã de família, de corpo.

3º) A obcecada luta para alcançar resultados a qualquer custo. Um esforço sobre-humano para obtenção de resultados satisfatórios na vida pode levar a desastres iminentes. Querer romper com os obstáculos sem domesticá-los pode não ser o melhor caminho. É preciso ter-se equilíbrio, e o individualismo, por privilegiar a valorização do individual em detrimento do coletivo, põe a perder, muitas vezes, os aspectos mais caros da vida em sociedade como: companheirismo, solidariedade, participação, envolvimento e comunhão.

De bom, no individualismo, podemos destacar os seguintes aspectos:

1º) A força interior que impulsiona o indivíduo para a vitória. Desse aspecto não se pode reclamar do individualismo. Essa qualidade de injetar na pessoa um ânimo redobrado para ser tornar uma vencedora. À medida que o indivíduo tem nessa doutrina seu valor mais elevado, ele passa a envidar todos os esforços necessários para, superando-se, alcançar seus objetivos.

2º) Uma visão mais humana da vida. Não se pode negar que o individualismo está muito ligado ao humanismo. A concepção do humanismo também é de valorização do ser humano, embora sem tanta carga no individualismo. Ela pode descambar num ateísmo, se não prover para si uma base cristã de valorização do ser humano a partir da sua existência em Deus. À medida que ressalta a importância do ser humano, o individualismo contribui para este aspecto humanizador da vida, tão desgastado na sociedade tecnocrática em que vivemos.

3º) O reconhecimento da responsabilidade do indivíduo. O individualismo faz o caminho oposto ao dos movimentos contraditórios de massa. Se estes escondem o ser na multidão, e jogam a culpa na sociedade pelos seus fracassos; aquele responsabiliza o indivíduo pelos seus insucessos.

Os cristãos acreditam na possibilidade de restauração do mais cruel indivíduo. Não fora assim, de há muito teria sido melhor interromper a pregação do Evangelho. A Bíblia afirma claramente que "cada um dará conta de si mesmo a Deus" (Rm 14.12; Mt 12.36; 1Pe 4.5), e o individualismo, ao enfatizar a importância do indivíduo acaba corroborando esta idéia que precisa estar mais realçada para a humanidade contemporânea.

Que Deus abençoe a nossa Igreja e que cada irmão esteja cônscio de suas responsabilidades diante da humanidade e, acima de tudo, de Deus.

O CONFLITO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA NA FAMÍLIA



Se a fé possui um valor inestimável na construção da solidez do lar e do equilíbrio da família, isso não significa que a sua presença e afirmação diante de outros valores que o mundo tenta impor ao cristão moderno seja fácil. Uma vida de fé verdadeira deve levar: ao amor cristão; à solidariedade; ao serviço na Obra de Deus; ao bom comportamento; à uma vida exemplar; à um linguajar condizente com o temor a Deus; à honestidade nos negócios; à inconformação com a injustiça; à uma vida de piedade; ao desprendimento em prol do Reino de Deus; à paixão pelas almas; à harmonia no lar e tantos outros valores que precisam ser demonstráveis no dia a dia.

A distância que muitas vezes existe entre teoria e prática da fé nas famílias cristãs faz com que se perca muito da sua eficácia. Se os nossos filhos não puderem perceber que o que cremos é o que vivemos, então o que cremos não será tomado como motivação para a vida por eles. Com certeza as gerações mais jovens precisam de valores seguros pelos quais possam viver e ideais pelos quais venham a lutar, mas se não demonstrarmos sentido e significação nos valores de fé que cremos os mesmos perderão toda a sua validade.

A máxima “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”, pode ter sentido num contexto de autoritarismo; mas religião não se impõe pela força a não ser à força da fé, do espírito, da compaixão, da solidariedade e do amor. “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos” (Zc 4.6). Se as famílias procurarem estabelecer uma harmonia entre o que se crê e o que se pratica, fazendo uma ponte segura entre teoria e prática, então, os filhos serão abençoados de tal forma que poderão extrair exemplos seguros para o seu futuro.

No ambiente da família estamos todos nus, literalmente. Somos o que somos; sem sombras nem subterfúgios. É no contexto da família que tiramos as máscaras, mostramos a nossa verdadeira face. Nas atividades mais comezinhas da vida, nas questões do cotidiano, o modo como nos defrontamos com os problemas, a capacidade que temos de pedir perdão; voltar atrás, se erramos; aconselhar; conversar; amar e ser amado; dar carinho; tudo isto vai mostrar quem realmente somos. Se ao tirarmos a máscara não aparecer um monstro, seja o monstro da hipocrisia ou mesmo o monstro da indiferença, então nossos filhos, nossos vizinhos e nossos amigos perceberão a sinceridade de nossos compromissos.

A fé que resiste ao teste da família resiste ao teste da vida. Fé combina com família, quando família combina com amor. Na dureza da batalha do dia a dia, quando se vive em harmonia com a fé, a vida sai vitoriosa.

Que Deus abençoe a nossa Igreja e que as famílias que a constituem possam estar edificadas no Senhor.

A FAMÍLIA CRISTÃ PODE MARCAR DIFERENÇA



Embora o Evangelho no Brasil tenha se desenvolvido muito nas últimas décadas e, com o crescimento, a população evangélica tenha invadido os extratos mais altos da sociedade; isto não pode nos fazer esquecer que milhões de nossos irmãos ainda continuam nas classes "D" e "E" e, como tais, ainda sofrem os percalços de muitas necessidades.

A família cristã pode marcar diferença para os "irmãos de fé", colocando em prática a recomendação de Paulo: "Façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé" (Gl 6.10). Porém, pode e deve, marcar diferença para esta sociedade "corrupta e perversa" em que estamos inseridos (Fp 2.15).

Esta diferença engloba várias circunstâncias que não podemos estar esquecidos delas. Se no passado, o crente alimentou certos estereótipos, dos quais lamentamos hoje; todavia, hoje, precisamos ser responsáveis na construção de uma vida cristã autêntica. Nós mesmos somos os culpados por termos "vendido" a imagem que temos para os de fora. Ou quem será que ensinou aos incrédulos que crente era assim, não fazia isto, não participava daquilo? Etc? Fomos nós mesmos!

Mas, se temos que lutar para abolir certos estereótipos desalentadores, por outro lado, há compromissos dos quais não podemos abrir mão. Melhor seria que o crente fosse identificado pelo que ele faz e não pelo que ele não faz. Não fumar, não beber, não ir a festas rave, punk ou funk, pode ser importante do ponto de vista espiritual e de testemunho, mas não representa verdadeiramente a vida cristã, pois há muitos não-crentes que são melhores do que nós nisto. É preciso marcar diferença pela qualidade de vida: amorosa, dedicada, fiel, piedosa, conselheira, amiga, justa, transparente, ordeira. Os valores positivos que pudermos mostrar serão nossa bandeira neste mundo caótico.

Esta vivência da espiritualidade sadia começa em casa e continua entre os vizinhos. Aqueles que convivem mais de perto conosco são as principais testemunhas do que somos. Já se tem dito que a casa é o melhor lugar para se conhecer uma pessoa, tal como ela é. Em casa tiramos as máscaras; somos o que somos. Nossos filhos são testemunhas oculares de nossos destemperos, omissões, sentimentos e emoções.

A família cristã precisa desenvolver uma qualidade de vida tal que a vizinhança tenha prazer em nos ter ali por perto. Sabe aquele vizinho "chato", perturbador, que todos almejam que ele consiga outro emprego, seja transferido, essas coisas, para mudar da rua? Pois é, este vizinho nunca pode ser um crente. Se existe um crente que se enquadre nesta categoria ele está depondo contra o Evangelho da graça de Cristo e está sendo motivo de impedimento a salvação de vidas. Temos que transformar o mundo e não tomar a forma do mundo (Rm 12.1,2).

Costumamos perguntar aos crentes de nossas igrejas quantas vidas eles já levaram para Deus. Com alegria vemos que muitos têm assumido este compromisso da evangelização e têm encaminhado pessoas para os céus. Mas, e se perguntássemos o contrário: Quantas vidas deixaram de se aproximar de Deus por sua causa? Quantos estão ainda perdidos no mundo por sua culpa? Às vezes isso ocorre por causa da nossa omissão na pregação do Evangelho; mas, muitas vezes, por conta de nosso mau testemunho.

Existe o crente "cri" e o crente "cri-cri". O crente cri é aquele do Salmo 116.10: "Cri, por isto falei!" Este tipo de crente, por ter sido alcançado por Deus e estar satisfeito em sua vida cristã, não se cansa de testemunhar e falar do amor de Deus. Está interessado no outro e em sua condição espiritual. Já o crente "cri-cri", bem esta é uma expressão antiga, do meu tempo, que se refere a uma pessoa criadora de casos, ou, como registra Aurélio em seu famoso Dicionário, "pessoa muito tediosa, chatíssima". Pois há crentes que se comportam dessa maneira e em vez de ajudar outros a irem para os céus, são motivo de impedimento. Lembremo-nos da advertência de Jesus: "Ai do mundo, por causa dos tropeços! Pois é inevitável que venham; mas ai do homem por quem o tropeço vier! (Mt 18.7). O Apóstolo Paulo recomenda a tolerância para com os fracos na fé, mas orienta no sentido de que não venhamos a "pôr tropeço ou escândalo" ao nosso irmão (Rm 14.13).

Que Deus abençoe a nossa Igreja e que as famílias que a constituem possam estar edificadas no Senhor.

APRENDENDO LIÇÕES COM AS FAMÍLIAS BÍBLICAS - II



Dando seqüência ao que apresentamos no domingo passado, vamos avaliar mais algumas lições que as famílias constituídas na Bíblia podem nos deixar. Está em nossas mãos aplicarmos isto para nossas famílias hoje. O que aprendemos com as famílias da Bíblia?

8º) Aprendemos que devemos constituir uma família monogâmica. Com Isaque aprendemos que o amor de um homem é para uma mulher e vice-versa, assim como a Bíblia registra deve ser o casamento dos servos de Deus, “marido de uma só mulher” (1Tm 3.2). Qualquer comportamento diferente desse traz pecado e confusão.

9º) Aprendemos que o amor é a base da família. Sem amor não há família, porque sem amor não há casamento. Isaque amou Rebeca, que amou Isaque. Jacó demonstrou amar intensamente Raquel. O amor é fundamental para a sobrevivência do lar.

10º) Aprendemos que não devemos ser impacientes com relação aos assuntos de família. Se há um lugar onde a paciência deve reinar, este lugar é o lar. A paciência é companheira do amor. Diz o apóstolo Paulo que “o amor é paciente” (1Co 13.4-7). Jacó teve a paciência necessária para desposar-se com sua amada Raquel. O mesmo aconteceu com José em relação à Maria.

11º) Aprendemos que não pode faltar fidelidade na família. São muitas as tentações para não se viver a vida familiar e o casamento de maneira fiel. Que o diga José e as tentações que sofreu da mulher de Potifar. Porém, em tudo José foi fiel, tanto ao seu Deus, à sua família, aos seus patrões e aos seus princípios. Sem fidelidade de ambas as partes não há como se sustentar um casamento.

12º) Aprendemos que a família precisa desenvolver uma relação fraterna. Os sentimentos de fraternidade encontram no ambiente do lar o único espaço (fora o da Igreja) onde podem ser expressos de maneira plena. Se não os encontrarmos nos lares cristãos é bem provável que também desapareçam das igrejas cristãs. A família de Anrão nos ensina a fraternidade.

13º) Aprendemos que não pode faltar união na família. Família desunida é sinônimo de caos. Ela coloca-se à beira do abismo. A família de Moisés nos ensina os dois pólos dessa verdade: Quando esteve unida, foi abençoada; quando raios de desagregação caíram sobre ela houve conseqüências lamentáveis.

14º) Aprendemos que não pode faltar compromisso com Deus na família. Somente quando a família assume um compromisso verdadeiro com Deus ela credencia-se às bênçãos divinas. Josué nos deixa este exemplo magnífico: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor!”

15º) Aprendemos que não pode faltar companheirismo na família. Na família de Elimeleque temos um exemplo bastante expressivo de mulheres que possuíam uma afinidade a toda prova. Rute, Orfa e Noemi mostraram que eram companheiras para a jornada da vida; seja ela qual fosse.

16º) Aprendemos que não devemos deixar a família envolver-se em sentimentos de ganância. Quando sentimentos menos nobres tomam conta da família, ela acaba perdendo seus rumos. É preciso contentamento com as coisas humildes, subordinando-se à vontade divina (Tg 4.13-17).

17º) Aprendemos que não podemos permitir que a mundanidade tome conta da família. É fácil criticar as outras famílias e achar que só a nossa está em conformidade com a vontade de Deus. Muitas vezes o mundanismo entra sorrateiramente no ambiente familiar e vai tomando conta. Precisamos separar o joio do trigo, optando sempre pelo trigo divino.

Que Deus abençoe a nossa Igreja e que as famílias que a constituem possam estar edificadas no Senhor.

APRENDENDO LIÇÕES COM AS FAMÍLIAS BÍBLICAS - I



As famílias constituídas na Bíblia podem nos deixar lições importantíssimas para nossos dias. Basta que queiramos descobri-las e vivê-las. O que aprendemos com as famílias da Bíblia?

1º) Aprendemos que não devemos deixar a mentira e a desobediência entrar no seio da família. Quando isto acontece, problemas fazem com que a família se desestruture e tenha sérios prejuízos. Isto aconteceu com as famílias de Adão e de Acã.
2º) Aprendemos que não devemos deixar a família envolver-se com o roubo. A posse de coisas que não lhe pertencem não deve ser permitida na família. O furto é um pecado condenado nos Dez Mandamentos (Ex 20.15) e Acã e sua família sofreram as conseqüências deste erro.

3º) Aprendemos que não devemos deixar a prostituição e a infidelidade corromperem a família. Estes pecados são diretamente contra a família, pois agridem a sua constituição e ferem frontalmente os princípios do amor e do respeito que devem construí-la. O pai de Jefté envolveu-se nestes erros trazendo conseqüências funestas em função da quebra do Sétimo Mandamento (Ex 20.14).

4º) Aprendemos que não devemos permitir que a discriminação e a preferência atrapalhem a comunhão no seio da família. Tanto a família de Gileade quanto a família de Jacó sofreram desse mal. Quando pais têm preferências por algum filho, isto gera descontentamento e ciúme nos outros, provocando raiva, inveja e discriminação. Não permitamos que estes erros estraguem a família.

5º) Aprendemos que não devemos descuidar da educação da família. Esta educação diz respeito tanto ao aspecto geral (social, intelectual) quanto ao aspecto espiritual (Bíblia, Igreja). Quando nos descuidamos da educação dos filhos, as conseqüências logo vêm em filhos na perdição como aconteceu com os filhos de Eli.

6º) Aprendemos que precisamos amar os filhos mas não podemos ser coniventes com sua impiedade. Novamente os filhos de Eli são exemplos negativos desta questão. Amamos os filhos, mas não podemos acobertar os seus erros; assim como Deus nos ama, mas não aceita nossos pecados. Muitos pais equivocam-se em proteger em demasia seus filhos. Estão estragando-os!

7º) Aprendemos que a fé e a obediência são de extremo valor para a família. As famílias de Noé e de Abraão são exemplos máximos de uma vida de fé e obediência. Tal comportamento as levou a serem famílias especiais, que deram origem a novos momentos na história da humanidade. Precisamos seguir estes exemplos em nossas famílias hoje.

Que Deus abençoe a nossa Igreja e que as famílias que a constituem possam estar edificadas no Senhor.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

RESSURREIÇÃO: A COMPROVAÇÃO DE QUE A ESPERANÇA É POSSÍVEL!



“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (Atos 4.33).

A Páscoa Judaica originou-se por volta do ano 3.500 a.C., instituída que foi por Moisés sob orientação divina. Chamada pelos judeus de Pessach (do hebraico פסח, ou seja, passagem), refere-se ao sacríficio executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que precede a Festa dos Pães Ázimos. É o livro de Êxodo que narra sua origem. Quando do envio das Dez pragas sobre o povo egípcio, antes da décima praga, cada família hebréia deveria sacrificar um cordeiro e marcar os umbrais das portas com seu sangue para não serem acometidos pela morte dos primogênitos.

A Páscoa Judaica, então era uma festa instituída com a finalidade precípua de celebrar esta grande libertação dada por Deus que culminaria com a saída do povo do Egito e a conquista da Terra Prometida. Trata-se, portanto, de uma festa nacional, de libertação do cativeiro, à semelhança do “7 de Setembro” para nós brasileiros. Vale salientar que embora Pessach signifique “a passagem”, não se trata de uma referência a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, porém a passagem do anjo da morte, do qual os hebreus estavam livres obedecendo às orientações divinas.

Registrada em Levítico 23.5, detalhada em Êxodo 12, quando Moisés deixa as instruções acerca de sua celebração: “Assim, pois, o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR. Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa. Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou” (vv. 11,21,27). Assim sendo, o principal sentido da Páscoa Judaica é o de libertação diante da morte, seja pelo anjo da morte, seja pela subseqüente travessia do Mar Vermelho, ou do cativeiro egípcio que atormentava os hebreus naquela época.

Hoje, não comemoramos esta Páscoa. A Páscoa que comemoramos é a Páscoa Cristã. Não foi instituída por Cristo. A Páscoa que ele celebrou junto com os discípulos (Mateus 26) era a Páscoa Judaica. Mas, ali, ele também deu início à Celebração da Ceia do Senhor, o evento memorial que haveria de recordar por todas as gerações seu sacrifício na cruz: “E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado” (Mc 14.22-24).

A Páscoa Cristã é um evento pós-túmulo. O túmulo vazio, a ressurreição, aponta a vitória sobre a maior de nossas inimigas, a morte, como indica o Apóstolo Paulo (1Co 15.26). Vencer a morte já não é mais uma simples esperança: é a certeza de vitória. É a esperança possível. É a conquista plena da fé que espera o impossível, aquilo que não se vê, o que humanamente não se admite (Hb 11.1).

Que Deus abençoe cada irmão. Que a semelhança dos apóstolos, diante da alegria da ressurreição, demonstremos todos a graça inefável de Deus em nós e evidenciemos a abundância da alegria espiritual pela esperança concreta que a ressurreição nos apresenta

QUANTOS CAROÇOS TEM UMA LARANJA?



“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza,
ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2Coríntios 9.7).


Domingo retrasado tivemos nosso Almoço Missionário. A irmã Martinha se empenhou em fazer o melhor e sua dedicação e criatividade nos inspira. Fez uma brincadeira sadia de oferecer uma laranja aos participantes. Por cada caroço achado, quem brincasse deveria contribuir com R$ 0,10 (dez centavos) para missões. A laranja era lima. Dizem que só perde para a laranja bahia em quantidade de caroços. Houve quem achasse 13, 15 caroços. A que saboreei não era tão abundante: tinha apenas oito. Houve, porém, quem encontrasse menos... (Bem que o valor poderia ter sido R$ 1,00).

Quantos caroços tem uma laranja? É impossível prever sem antes abri-la. Como também é impossível saber se é doce ou azeda se não se experimentar. Quero fazer uma interligação da brincadeira com a sua motivação missionária: Quantos salvos irão para os céus com uma oferta missionária? Quantos novos crentes são agregados à uma Igreja através dessa oferta? Quantas novos pontos de pregação são abertos e igrejas organizadas à partir de nossa contribuição?

Pode ser que não seja tão fácil assim mensurar os resultados do nosso esforço missionário (embora se possa fazê-lo através dos relatórios possíveis que a JMM, a JMN e a CEM apresentam à cada ano). Mas é possível muito bem ver a alegria estampada no rosto dos que participam. É possível ver as bênçãos de Deus derramadas sobre as Igrejas que têm coração missionário. E isso não tem preço!

Não tem preço a comunhão, a integração, a confraternização que um almoço missionário que mobiliza os corações oferece. Sou grato a Deus pela vida da irmã Martinha. Sou grato a Deus pela Igreja no seu amor a Missões. Como de outras oportunidades; também desta feita vamos alcançar este alvo missionário para honra e glória de Deus.

É claro que as ofertas dos caroços das laranjas foi apenas uma brincadeira (embora tenha arrecadado certo valor). Porém, o apurado no almoço missionário, as ofertas das classes de EBD e das congregações da Igreja, além das ofertas avulsas, tudo isso será somado para alcançarmos nosso alvo geral.

Que Deus abençoe cada irmão. Que todos tenhamos amor tal a missões que façamos um alvo desafio particular que leve a Igreja a uma arrecadação expressiva. Que todos amemos missões ao ponto de evangelizar sempre.

A ESTRAGÉGIA DOS GRUPOS DE COMUNHÃO



“E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.
(Atos 2.46; 5.42).


Nossa Igreja está iniciando um Projeto novo que estamos chamando de “Grupos de Comunhão”. Serão criados tantos grupos quantos tenhamos líderes interessados em desenvolver este ministério. Espelhando-nos na Igreja do Primeiro Século da Era Cristã - que se reunia nas casas e desenvolvia intensa comunhão -, pretendemos implantar este trabalho com a meta de 30 grupos funcionando em toda cidade.

Quanto aos objetivos, são três:

1º) Desenvolver a comunhão – Através desta iniciativa pretendemos que os membros da Igreja desenvolvam entre si uma maior comunhão, interessando-se uns pelos outros, aumentando o relacionamento, intercedendo e fortalecendo a vida espiritual uns dos outros.

2º Incentivar a evangelização – Pessoas que resistem a um convite para comparecer aos cultos no templo, são mais fáceis de serem alcançadas nos lares. A amizade é uma excelente e eficaz estratégia de evangelização. Queremos alcançar nossos familiares e vizinhos para Cristo. Através desta iniciativa queremos recuperar o ardor evangelístico.

3º) Incrementar a integração – Por meio dos grupos de comunhão vamos desenvolver a integração dos crentes nas atividades da Igreja. Os grupos de comunhão irão favorecer um maior conhecimento um do outro e um maior interesse em se estar juntos. A integração dos membros nas atividades da Igreja é fundamental para o seu crescimento.

Quanto às estratégias, são elas:

1ª) Descobrir e preparar líderes – Se o irmão deseja ser um líder de “grupo de comunhão” preencha a ficha que está à saída do Templo e inscreva-se. O pastor irá dar um treinamento para todos os interessados.

2ª) Oferecer material de apoio – Todos os líderes de comunhão e seus líderes receberão material de apoio do pastor para realizarem o seu trabalho semanal.

3ª) Cultos de quarta-feira – Os nossos encontros de meio de semana nas quartas-feiras serão laboratório de desenvolvimento de liderança, integração dos crentes, recepção dos novos convertidos, apoio à família e crescimento espiritual. Através dos “grupos de comunhão” vamos estar incentivando e desenvolvendo a liderança e a formação espiritual.

Que Deus abençoe cada um e que todos cumpramos nossa missão de ser Igreja com dedicação e amor às almas perdidas.

O PAPEL DAS MULHERES NO REINO DE DEUS



“Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus
(Gálatas 3.28).


É sabido o desprestígio que a mulher gozava nos tempos antigos; mormente em meio a culturas em que o homem exercia o domínio com mão de ferro. Entre os judeus não era diferente. Esta era uma concepção típica dos tempos primitivos. Jesus, porém, com seu senso de unidade, de igualdade e de integração veio derrubar o desfavorecimento da mulher, reunindo a humanidade numa só família e reconstruindo a imagem desfigurada de Deus no ser humano.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes da Galácia, salienta esta verdade, mostrando que todos somos iguais diante da Cruz. Se o pecado iguala a humanidade em uma condição de condenação (Jo 3.18), a fé em Cristo possibilita uma outra afinidade (Ef 2.8,9), agora pelo viés espiritual.

O Século XX trouxe a luta da mulher por um espaço maior na sociedade, a conquista de postos no mercado de trabalho, o reconhecimento de seu valor e a equiparação de sua força de trabalho e de ideias. O movimento feminista prestou grande serviço neste sentido, embora a mulher tenha também perdido alguns valores nesta busca insana por reconhecimento.

A pílula anticoncepcional é símbolo desta liberdade e deste novo momento vivido pela mulher. Mas, a mulher cristã, a mulher que reconhece os valores do lar, da maternidade, da família e do cristianismo - ao lado das conquistas incontáveis que a Sociedade capitalizou para ela -, perdeu muito da sua feminilidade, da sua identidade e aspectos importantes de caráter e princípios que os tempos modernos corromperam.

A mulher conquistou seu espaço. Ai da Sociedade e da Igreja se dispensar a força da mulher. A Igreja tem nas mulheres um forte esteio de espiritualidade, de oração, de amor a missões, de fortalecimento da família, pelos vínculos que o ser-mulher projeta dentro dos papéis sociais definidos. Diante de tudo isso, vale destacar a importância de Cristo no resgate da mulher e de seu papel no mundo. O valor da mulher para a consecução do Reino de Deus na terra é de vital importância. No ministério de Jesus não faltaram mulheres; que estavam por todo lado, recheando as páginas dos evangelhos com sua atuação, seu fervor, seu carinho e sua dedicação.

Neste 8 de Março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, somos gratos a Deus pela vida de cada irmã da Igreja. Que Deus abençoe cada uma e que cada qual cumpra a sua missão com temor e fé.

PARA ONDE VÃO AS LÁGRIMAS?



“Tu contaste as minhas aflições;
põe as lágrimas no teu odre;
não estão elas no teu livro?
(Salmo 56.8).


Chorar é humano. Pelo menos o lado feminino da humanidade chora bastante. No Brasil, tem-se como impróprio o chorar masculino. Mas, o choro é útil. Alivia a alma. Limpa a consciência que alcança nesta catarse a possibilidade do reequilíbrio; de um novo começo. Recomenda, a Psicologia, o choro. É o extravasar do ser, o desabafar da alma, o reencontro da esperança no âmago da dor, da perda, do arrependimento.

O choro é bíblico. Chorou José no reencontro com os irmãos ciumentos (Gn 45.2); chorou Davi nos Salmos por motivos vários (Sl 6.8); escancarou as torneiras do choro o profeta Jeremias, a ponto de receber a alcunha de “profeta chorão” (Jr 9.10); chorou Jesus pela morte do amigo Lázaro (Jo 11.35), naquele que é conhecido como o menor versículo da Bíblia.

O choro é ambíguo. Existe choro de tristeza e também de alegria. Mais aquele do que este, e aí está o grande problema: nossas lágrimas carregam os frustrados anseios da alma por paz, amor e esperança. Ninguém chora à toa, sem motivo, sem alguma razão real. Nem o artista, que provoca a lágrima para contracenar com a dor e o sofrimento do personagem.

Choro tem razão de ser. E aí está a questão crucial: não existe choro em vão, não existe choro perdido. Pelo menos para o cristão. Deus, que nos fez e nos conhece por inteiro - a solidez do físico, a efemeridade da lágrima -, não deixa que nenhuma delas se perca. Todas nossas lágrimas são recolhidas num odre por Deus. Esta afirmação de Davi constitui-se num alívio para nossa espiritualidade.

O que ela significa? Temos um Deus que nos ama de forma abençoadora. Este Deus que não conhece só de aparência, mas a essência do ser, sabe de nossas angústias, de nossas aflições. Para ele as lágrimas são representativas de questões anteriores, interiores e ulteriores que povoam nossa mente e coração. Deus está constantemente fazendo o raio-x de nossas vidas e percebendo nossas necessidades e carências.

Então eu posso desabafar seguro diante de meu Deus. Não preciso esconder minhas lágrimas, nem economizar. Elas não se perderão, pois Deus bem sabe seus objetivos; sua razão de ser. E é ele quem providencia os efeitos mais abençoadores para as lágrimas que derramamos.

Alguns choram amargamente outros choram alegremente e ainda outros choram aliviadamente. O chorar é sempre bem vindo. Principalmente se não é resultante de nossos fracassos, por conta de nossas inconstâncias espirituais. Mas, se preciso for, que se derrame as lágrimas do arrependimento e se conserte a vida. Deus está atento a todas elas e não deixará nenhuma se perder, pois seu odre é inesgotável na assistência espiritual para nos sustentar nos dias bons e nos dias maus.

Que Deus para tanto nos abençoe rica e abundantemente!

CRER E OBSERVAR



Existe em nossos dias uma grande tendência a se viver uma fé superficial. Tem-se religião por uma necessidade familiar, uma imposição do sistema, uma pressão da história ou da tradição. A religião é produto do meio e não resultado da busca do ser por uma reconciliação com o divino.

Dessa forma, ocorre que a religião passa a ser uma prática dissociada do cotidiano: é mero apêndice na trajetória da vida; um esbarrão de começo ou fim de semana; uma coadjuvante inconveniente das vivências no mundo contemporâneo. Daí que a fé deixa de ser um produto de consumo indispensável para ser apenas experiência descartável de um momento da vida.

Uma fé assim experenciada resulta em fracasso da moral, da espiritualidade, da religião e dos valores bíblico-cristãos. Uma fé assim vivida é causa do descalabro moral, da violência e da imoralidade que campeia no país e no mundo. O afastamento do indivíduo de Deus o leva a relativizar sua existência e suas relações sociais. Não há valores balizadores que conduzam cada ser para uma vida mais ordeira, honesta e voltada para a espiritualidade.

Essa influência nociva atinge também os cristãos, tornando sua experiência de fé vazia e sua vivência eclesiástica amorfa. A paixão pelas almas perdidas fica apagada e já não se evangeliza ou testemunha do amor de Deus como deveria acontecer.

Isso é decorrência da impossibilidade de se pregar o que não se vive. Só pode falar aquele que vive, que vibra com Deus, que tem acesa no coração a chama da fé, que caminha por esta vida conduzido pelos braços divinos.

Daí a importância do binômio: fé e observância. Já bem diz a letra do velho hino: “Crer e observar, tudo quanto ordenar. O fiel obedece ao que Cristo mandar.” Que possamos estar vivendo a fé intensamente e observando-a ardentemente em nossas vidas. Que vida e fé sejam partes de um todo espiritual que nos envolve e emociona. Que crença e prática sejam extensões de uma vida totalmente consagrada no altar de Deus e submissa à sua vontade. Amém!

CONVOCAÇÃO DOS TRINTA



“E disse o SENHOR a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou” (Jz 7.3).

A história de Israel registra um momento importante de desafio e vitória tendo a Gideão como líder. Gideão, também conhecido como Jerubaal (7.1) era um líder nato em quem o povo confiava. Foi levantado por Deus para organizar o povo e prepará-lo para o enfrentamento dos inimigos. Mas, o povo era orgulhoso e, muitas vezes, confiava em seu próprio potencial, esquecido de que do Senhor vem a vitória. Daí a orientação de Deus para que Gideão diminuísse a quantidade dos guerreiros.

Os que vão à frente, os que lideram, não podem ser muitos. Mas precisam ser preparados. Deus orientou que se fizesse um teste. Antes, porém, os medrosos e tímidos (7. 3) deveriam assumir sua condição e retirar-se. Mesmo com a desistência dos 22 mil, Deus ainda achou muito e, então, propôs o teste: quem se abaixar para beber a água, ajoelhando-se, não estaria apto para ir, pois a batalha exige precisão, eficácia e pressa (7.4-6). Foram eliminados, com o teste, quase 10 mil. Sobraram 300. Era o que Deus precisava para dar a vitória a Israel naquela batalha contra os midianitas.

Não preciso de 300, mas de 30 homens e mulheres que estejam dispostos a um novo desafio do Senhor para suas vidas. 30 crentes que Deus vai usar para transformar vidas e alcançar novas pessoas para Cristo Jesus. Como o exemplo bíblico, não podem ser medrosos e tímidos. Não podem ser descansados e desinteressados. Precisam ser voluntários dispostos a deixar Deus agir em suas vidas e tornarem-se canais de bênçãos para sua família, igreja e comunidade.

Assim como os 300 de Gideão deram a vitória ao povo de Israel sendo instrumentos nas mãos de Deus, os 30 que se apresentarem como voluntários dessa convocação serão canais de bênçãos do Senhor para dar vitórias a nossa Igreja. Feita a escolha dos 300, sob o comando de Deus, Gideão partiu com eles para a vitória sobre os midianitas (7.9).

Se o irmão quer ser um voluntário de Deus para um novo desafio na vida da Igreja, apresente-se após o culto, quando vamos ter uma breve reunião para exposição do Projeto. Após a seleção dos 30, sob a orientação divina, vamos partir para a conquista das bênçãos que o Senhor tem para nós.
Que Deus abençoe sua vida e que durante este culto o irmão esteja orando sobre a possibilidade de apresentar-se como um dos que Deus quer usar para este novo desafio na vida da Igreja.

VIVER, CELEBRAR E TESTEMUNHAR...



As comemorações do Jubileu de Pérola da nossa querida IBP devem levar-nos, como cristãos comprometidos com a Obra de Deus, a buscar intensamente a vivência dos valores cristãos, o testemunho do Evangelho e o crescimento do Reino de Deus.

É um tempo de celebração sim; todos devemos estar felizes com as bênçãos que o Senhor tem nos dado e com as vitórias que temos alcançado em meio a tantas lutas. Mas, a celebração que nos leva a reflexão, adoração e louvor, deve ser a mesma que nos leve a ação, a evangelização, ao amor às almas perdidas e a prática saudável do evangelismo, de missões e da ação social.

Assim sendo, iniciar 2010 com festas e celebrações é projetar a alegria e a vitória para um ano que Deus nos apresenta como sendo muito feliz e abençoado. Mas as festividades do nosso Jubileu de Pérola precisam ser conseqüentes. Temos imensos desafios de evangelização em nossa cidade e região. A Igreja deve estar consciente de sua missão e atuar eficazmente na evangelização dos não-salvos.

Esta atuação, como conseqüência da presença de Deus em nós, deve iniciar-se com os que estão mais perto. Só alcançamos os de longe quando os de perto se tornam alvo de nosso amor cristão. Amigos, familiares, colegas de trabalho, vizinhos devem ser alvo constantes de nossa evangelização.

O testemunho que leva ao interesse pelo pecador perdido, Oswald Smith chamava isto de “paixão pelas almas” deve ser experimentado. Não adianta, embora seja necessário, apenas sermos boas pessoas se os que conosco convivem estão assimilando teorias e doutrinas materialistas e heréticas como influência deste mundo secularizado e do turbilhão de seitas e religiões de corte evangélico-espírita-católico que divulgam informações distorcidas da Bíblia.

Precisamos continuar crendo em nossa fé batista, mas sermos mais ousados na sua proclamação. As doutrinas batistas são essencialmente neo-testamentárias. Têm uma forte base bíblica e estão respaldadas na doutrina dos apóstolos. Vivê-la, anunciá-la e celebrá-la com louvores é o que Deus espera de cada um de nós. Que o ano do Jubileu de Pérola seja um ano de evangelização e missões.

DE BARRANCOS, CHUVAS E DESLIZAMENTOS...



“E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mt 7.25).

Desde que o mundo é mundo tem chuva caindo, rios correndo e ventos soprando... Ruim é quando estas chuvas, estes rios e estes ventos nos pegam desprevenidos. Pior quando somos castigados por eles e nos tornamos vítimas de nossa própria insensatez.

No ensinamento em epígrafe, Jesus trata de um tema que nos assusta em função dos dias que vivemos. Estamos entristecidos com os episódios em todo o país em que aguaceiros despencam dos céus, rios transbordam, barrancos deslizam e casas, pousadas, pessoas são soterradas; gente é levada pelas enxurradas de águas que correm desenfreadas.

As chuvas são bênçãos! Não podemos ter outro sentimento acerca disso. A Natureza não erra. Ela tem o seu lugar no ecossistema. A intervenção desordenada do homem é que submete a civilização a calamidades. E mesmo quando os fenômenos da Natureza sobrepõem à intervenção humana, como seres dotados de inteligência, dada pelo próprio Criador, podemos e devemos agir e refletir de duas formas: primeira, usar esta inteligência para interagir com a Natureza para dela extrair benefícios e conter o avanço das catástrofes e, segunda, retirar os ensinamentos necessários diante de situações menos afortunadas a fim de nos havermos melhor diante do Deus Soberano.

Não são todos que assim pensam! A humanidade está afastada de seu Deus e por isso doente. A cegueira espiritual impede o ser humano de enxergar que precisa voltar-se para Deus e consertar-se diante do Criador.

Há um ensinamento espiritual em tudo isso. Se diante das catástrofes nem sempre somos o suficientemente fortes para escapar, do ponto de vista espiritual a escolha é nossa. Vidas espirituais construídas sobre a Rocha que é Cristo vencem os abalos da existência.

Podem sobrevir sobre o Povo de Deus os mais terríveis dissabores, mas, quando estamos firmados e fortalecidos em Deus que é a nossa Rocha, não somos abalados.

Que Deus nos proteja das intempéries e que não sejamos como o insensato que constrói sua casa espiritual sobre a areia, mas como o prudente que, construindo sobre a Rocha, permanece inabalável.

DECISÕES PARA UM NOVO ANO!



Neste ano serei diferente! Vou tomar decisões que irão mudar completamente minha vida. Afinal de contas, quero experimentar novidades que possam trazer-me uma maior satisfação espiritual e, consequentemente, mudanças significativas em todas as áreas da minha vida. Posso alistar algumas destas decisões que estão em meu pensamento agora:

1ª) Quero ter maior comunhão com Deus. A vida é muito breve e não quero perder-me com o não-essencial. Vou priorizar Deus e o seu Reino em minha vida.

2ª) Vou ler mais a Bíblia. Quem sabe, até ler a Bíblia toda durante este ano de 2010. Isso vai me ajudar na primeira decisão de ter uma maior comunhão com Deus. Será estudando a Bíblia que vou conhecê-lo mais e poder fazer melhor a sua vontade.

3ª) Vou orar mais. Esta decisão também tem a ver com meu desejo de ter mais comunhão com Deus. Mas, quero orar com qualidade. Não só pedir, mas também agradecer. Além disso, vou mudar o foco das minhas orações. Quero louvar, adorar, confessar. Não necessariamente nesta ordem, mas quero abrir meu coração diante de Deus e permitir o fruir de sua graça incomparável.

4ª) Vou participar mais assiduamente das atividades da Igreja. Entendo que minha Igreja precisa de mim e eu dela. E que meu Deus quer ver-me envolvido no progresso do seu Reino.

5ª) Vou tornar-me aluno da EBD. Ou, quem sabe, ser um aluno com melhor freqüência. Esta é uma resolução que vai me levar a um melhor conhecimento da Palavra e a uma maior comunhão com meus irmãos em Cristo.

6ª) Quero contribuir para que o Culto de quarta-feira seja dinâmico. Tenho feito tanta coisa nas minhas noites e não me custa nada dedicar a noite de quarta-feira para estar na Casa de Deus. Desta forma darei minha contribuição para que as atividades da Igreja possam ser mais bem realizadas.

7ª) Não perderei nenhum encontro do Projeto “A Igreja em Sua Casa”. Entendo que esta é uma forma de comunhão que Deus tem usado nos últimos tempos em nossa grei, e não quero ficar de fora. Vencerei todos os obstáculos, o cansaço é um deles, para não perder estes encontros.

8ª) Serei um dizimista fiel. Sei que tudo que tenho é do Senhor e que devolver a décima parte é mais do que minha obrigação como cristão. Não quero ser achado reprovado na fidelidade a Deus.

Ah, quantos de nós tomamos decisões como estas! Mas, quantos realmente as cumprimos? Precisamos entrar no novo ano com resoluções que nos levem a uma vida de qualidade e ao crescimento da Igreja. Que todos possamos almejar e buscar incessantemente coisas boas para este novo ano.

DO SENTIDO DO NATAL!



Dezembro é Natal. O que é o Natal? Temos um cenário grandioso nas imediações de Belém: manjedoura, estrebaria, estrela guia, pastores e magos. Nasceu o redentor. É a intervenção divina na história para inauguração de um novo reino; o reino dos céus. O que é o Natal?

Natal é festa! Não se admite o Natal sem festa. Natal é um momento em que a festa está presente, porque não se admite alegria sem festa. A alegria de ter nascido o Salvador é algo que não se pode medir. Agora, é preciso ter cuidado para que a festa não perca sua motivação. É, essencialmente, uma festa espiritual. Quando foge disto, não presta!

Natal é família! A celebração do Natal é essencialmente comunitária. Alegria é para ser compartilhada, vivida em comunhão. Por isso que o Natal precisa ser celebrado como algo que una pais e filhos, que aproxime irmãos e primos, que envolva os familiares no sentido mais profundo do ser família como idealizado por Deus.

Natal é amor! O Natal é a expressão máxima do amor de Deus. Um amor doador, um amor incondicional que lança mão do próprio filho para ofertá-lo à humanidade. O amor de Deus revelado em Cristo deve ser a essência do Natal. Sem amor não somos nada, não subsistimos. A vida torna-se árida e as relações humanas difíceis.

Natal é esperança! Porque a vida é signo de renovação. A chegada de um novo ser é reveladora da possibilidade da continuidade da existência, da perpetuação da espécie, da transferência de valores. O Natal de Cristo é isto e muito mais, porque seu nascimento nos propõe a esperança de dias melhores, da paz de Deus, da comunhão com o Emanuel.

Natal é salvação. Sim, porque o Cristo que é celebrado veio com uma missão. E o propósito da sua vinda é a redenção da humanidade. Não precisamos mais viver debaixo do incômodo da condenação. Jesus conosco, que nasce e vai a Cruz, é a garantia de salvação para todos os que crêem.

Natal é vida eterna! O Natal é apenas o começo de algo especial que Deus faz acontecer em nossas vidas. Natal é, para os que crêem, a plena convicção de que temos garantida a vida eterna com Deus nos céus. Não só o Natal de Cristo aponta isso, mas o Natal-de-Cristo-em-nós sinaliza a eternidade.

Saibamos viver e celebrar o Natal nos seus verdadeiros valores.

COMUNICAR É PRECISO!



Com grande alegria publicamos semanalmente o nosso Boletim Eclesiástico. Ele é dinâmico, em formato funcional, com o uso de cores, diagramação atraente e informações úteis para o bom desenvolvimento dos trabalhos da Igreja. É a Igreja se comunicando e motivando seus membros através da informação, dando resultados imediatos para a nossa comunidade eclesiástica.

Por vivemos em um mundo onde a comunicação é indispensável, a Igreja não pode ficar longe desse desafio. Já se chamou nosso tempo de “era da comunicação”. As diferentes mídias dão suporte para o trânsito de milhares de informações que são consumidas pelas pessoas vorazmente.

A Igreja dá um passo fundamental para tornar mais acessível às informações que dizem respeito às suas atividades eclesiásticas. Queremos agilizar a veiculação das informações da Igreja, mas, também, registrar para a posteridade os atos de Deus através do povo da IBP.

Sim, comunicar é preciso! Comunicaremos tudo o que seja relevante para a Igreja através desse boletim, que passa a ter o caráter informativo, além de cúltico, por isso essa cara de jornalzinho. Mas, não podemos nos esquecer que a nossa principal comunicação é a do Evangelho. Afinal, Evangelho significa “boas novas”. Então, compartilhe, comunique. Se você não é daqueles que gostam de guardar papel, use o seu boletim para divulgar a sua Igreja. Após o culto da noite, leve o boletim para casa e entregue a um amigo, durante a semana, convidando-o para vir conhecer a sua Igreja.

Use o boletim como uma forma de comunicar o Evangelho. Ele será seu ponto de contato para a Evangelização. Que Deus o abençoe ricamente.