quinta-feira, 12 de maio de 2011

RESSURREIÇÃO: A COMPROVAÇÃO DE QUE A ESPERANÇA É POSSÍVEL!



“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (Atos 4.33).

A Páscoa Judaica originou-se por volta do ano 3.500 a.C., instituída que foi por Moisés sob orientação divina. Chamada pelos judeus de Pessach (do hebraico פסח, ou seja, passagem), refere-se ao sacríficio executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que precede a Festa dos Pães Ázimos. É o livro de Êxodo que narra sua origem. Quando do envio das Dez pragas sobre o povo egípcio, antes da décima praga, cada família hebréia deveria sacrificar um cordeiro e marcar os umbrais das portas com seu sangue para não serem acometidos pela morte dos primogênitos.

A Páscoa Judaica, então era uma festa instituída com a finalidade precípua de celebrar esta grande libertação dada por Deus que culminaria com a saída do povo do Egito e a conquista da Terra Prometida. Trata-se, portanto, de uma festa nacional, de libertação do cativeiro, à semelhança do “7 de Setembro” para nós brasileiros. Vale salientar que embora Pessach signifique “a passagem”, não se trata de uma referência a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, porém a passagem do anjo da morte, do qual os hebreus estavam livres obedecendo às orientações divinas.

Registrada em Levítico 23.5, detalhada em Êxodo 12, quando Moisés deixa as instruções acerca de sua celebração: “Assim, pois, o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR. Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa. Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou” (vv. 11,21,27). Assim sendo, o principal sentido da Páscoa Judaica é o de libertação diante da morte, seja pelo anjo da morte, seja pela subseqüente travessia do Mar Vermelho, ou do cativeiro egípcio que atormentava os hebreus naquela época.

Hoje, não comemoramos esta Páscoa. A Páscoa que comemoramos é a Páscoa Cristã. Não foi instituída por Cristo. A Páscoa que ele celebrou junto com os discípulos (Mateus 26) era a Páscoa Judaica. Mas, ali, ele também deu início à Celebração da Ceia do Senhor, o evento memorial que haveria de recordar por todas as gerações seu sacrifício na cruz: “E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado” (Mc 14.22-24).

A Páscoa Cristã é um evento pós-túmulo. O túmulo vazio, a ressurreição, aponta a vitória sobre a maior de nossas inimigas, a morte, como indica o Apóstolo Paulo (1Co 15.26). Vencer a morte já não é mais uma simples esperança: é a certeza de vitória. É a esperança possível. É a conquista plena da fé que espera o impossível, aquilo que não se vê, o que humanamente não se admite (Hb 11.1).

Que Deus abençoe cada irmão. Que a semelhança dos apóstolos, diante da alegria da ressurreição, demonstremos todos a graça inefável de Deus em nós e evidenciemos a abundância da alegria espiritual pela esperança concreta que a ressurreição nos apresenta

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