
Todo discípulo é um membro da igreja, mas nem todo
membro de igreja é um discípulo de Jesus. Sabe porquê?
"O membro gosta de elogios; o discípulo do sacrifício vivo."
Este quinto princípio acerca do discipulado, volta a tratar da questão da motivação. A pergunta que está por trás deste princípio é: O que motiva o crente a fazer a Obra de Deus? Sabemos que o ser humano é movido a motivação. Com certeza, todos nós precisamos deste combustível para funcionar. A questão é se estamos usando a motivação certa para trabalharmos na Seara do Mestre.
Novamente vamos detectar um diferencial de motivação dentro da Igreja. Como o discípulo verdadeiro possui motivações corretas, concluímos que muito dos problemas encontrados nas igrejas tem a ver com membros, que simplesmente cumprem sua função domingueira sem vivenciarem a verdadeira vida discipular.
"Gostar de elogios" talvez não seja o problema maior. Afinal de contas quem não gosta?! A própria Psicologia trata, com destaque, da importância do elogio na motivação de um funcionário, por exemplo. A questão se complica, quando se depende dos elogios para sobreviver como pessoa e como cristão. Ou seja, tornar-se um viciado, um dependente de elogios.
Crente que é movido a elogios ainda não compreendeu o significado pleno da Graça. Precisa voltar a freqüentar os primeiros passos da fé, quando se busca objetivamente o conhecimento do Sagrado e se abre, de coração sincero, para a experiência da fé, tal qual criança que se maravilha com o afago dos céus. Paulo ouviu de Deus o que precisava ouvir: "A minha graça te basta!" Quem precisa de algo mais?
Se muitas vezes o indivíduo que é tão somente um mero membro de igreja, freqüentador de cultos, depende de elogios para sobreviver espiritualmente; o discípulo verdadeiro, aquele que compreende todas as implicações de se viver debaixo da graça de Deus, dependente de seu amor e sob sua proteção, cumprindo a missão que lhe foi confiada, este, almeja, com todas as forças de sua fé, o sacrifício vivo do culto e do serviço cristão que agrada a Deus.
Foi o Apóstolo Paulo quem disse: Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12.1). O discípulo se apresenta como voluntário da fé para fazer a Obra de Deus. E o faz na consciência de que está apresentando um sacrifício vivo, verdadeiro, sincero, do mais profundo da alma, como oferta ao Deus de amor que tudo faz por ele.
A atuação do discípulo em prol do crescimento e da expansão do Reino de Deus na terra, é decorrente de sacrifício como oferta voluntária a um Deus de amor que tem feito tanto por nós que nunca chegaremos a fazer tudo o que seria razoável para expressar um pouco de gratidão. O sacrifício do discípulo, além de ser vivo (lembre-se que há muita gente disposta a morrer por Cristo, mas o que ele quer mesmo é que vivamos por ele...), também é santo e agradável a Deus.
O trabalho do discípulo é uma dedicação honesta ao Deus de amor que o salvou. Ele não depende de nada mais. Ele simplesmente compreende que o mínimo que pode oferecer ao Deus que o resgatou é uma vida de serviço cristão, na experiência de uma vida discipuladora e abençoada.
Que Deus nos abençoe a não dependermos de elogios para sobreviver espiritualmente, e que sejamos discípulos verdadeiros, honrando o chamado do Mestre.
Que para tanto, o Senhor nos abençoe!
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