
O ser humano é um ser em santificação. Obviamente, estamos nos referindo a quem já tenha sido alcançado pela graça salvadora de Cristo Jesus. Ou seja, já tendo sido salvo, ainda precisa trilhar a estrada do aperfeiçoamento espiritual, deixando para trás coisas velhas (2Co 5.17). A este processo de crescimento espiritual, chamamos de santificação.
Se na nossa comunicação com o Sagrado, Deus reverte toda a nossa incapacidade de expressão e transforma gemidos, gestos mal-esboçados e lágrimas em oração intercessória, atendendo-nos conforme a dispensação da sua graça e misericórdia e as nossas necessidades; na nossa comunicação com o Ele, que é mediada pela coletividade, precisamos de uma linguagem adequada, porque falamos a dois públicos distintos: Adoramos a Deus e comunicamos com o irmão de fé!
Daí que é preciso distinguir entre a adoração individual e a adoração coletiva. A forma como eu me porto diante de Deus no recôndito do meu lar (“entra no teu quarto e, fechando a porta” - Mt 6.6), não interessa a mais ninguém do que ao adorador e a Deus. É algo íntimo, pessoal! Mas, a forma como adoramos coletivamente, no Templo ou em quaisquer outras formas de culto comunitário (lares, empresas, ginásios, colégios) interessa a quem mais esteja aproximando-se para tentar expressar um esboço que seja de fé a um Deus de que tanto necessita para sua vida.
A individualidade, vestindo-se da virtude da humildade, deve despojar-se de qualquer interesse mesquinho, egoísta, para assumir o interesse comunitário da adoração coletiva, quando estão em ação expressões de fé não só de um indivíduo, mas de um povo que atende pelo nome de Povo de Deus. Assim sendo, é preciso haver muita sabedoria para que a forma individual de adoração não fira, constranja ou magoe a quem não possui a mesma forma de adorar.
Que Deus nos abençoe na busca e encontro de formas de expressão de fé que somem na adoração comunitária e levem a Igreja a uma harmonia de fé abençoadora.
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