
Todo discípulo é um membro da igreja, mas nem todo
membro de igreja é um discípulo de Jesus. Sabe porquê?
"O membro depende dos afagos de seu pastor;
o discípulo está determinado a servir a Deus."
Neste quarto princípio acerca do discipulado, iremos trabalhar a idéia subjacente ao serviço cristão: O que motiva um crente a fazer a Obra de Deus? Será que precisamos de estímulos humanos ou exteriores para a realização da missão que a nós foi confiada? Ou devemos, tão-somente, deixar-nos mover por motivações interiores, espirituais, provenientes da própria comunhão com Deus? Vale a pena analisar tais questionamentos, visto que encontramos diferentes modos de se perceber esta realidade.
Um membro normal de Igreja, habitué contumaz de certos modismos evangélicos, pode, ao longo de sua carreira eclesiástica, perder a noção do Evangelho e seu valor. A rotina da vida religiosa pode levá-lo a tornar-se frio, improdutivo, árido, na expressão de sua fé. Daí, a passar a realizar atividades religiosas para a busca de apreciação pessoal, promoção individual ou vaidade própria, é um passo. Vencer a tentação de ser visto e reconhecido pelos homens é engrossar as fileiras dos que buscam a pureza e a integridade do Evangelho (Mt 6.2).
Infelizmente, muitos membros de Igreja criam uma total dependência de "bajulação pastoral" para realizarem a Obra que, em primeira e última instância, seria da competência de cada um e de todos os cristãos realizarem, sem necessidade outra que não do impulso dado pelo amor de Cristo (2Co 5.14). Ou seja, precisamos ser mais vibrantes e entusiastas da Obra do Senhor, independentes de reconhecimento humano.
Daí, a diferença muitas vezes existente entre um membro de Igreja que tem por interesse trabalhar para conseguir os aplausos dos homens, do discípulo verdadeiro que quer obter tão somente a aprovação de seu Mestre. A determinação do discípulo é prestar um serviço cristão que seja do agrado de Deus. Como diz o hino sacro: "No serviço do meu Rei eu sou feliz!" O discípulo encontra sua satisfação no próprio serviço à Deus. A recompensa do discípulo está no seu Senhor, a quem ele procura agradar de todo o coração, à semelhança do salmista que declarou: "Deleita-te também no Senhor e ele te concederá o que deseja o seu coração" (Sl 37.4).
Com certeza quem procura agradar aos homens, já ganhou o seu galardão, a sua recompensa, que é esse reconhecimento das pessoas, essa vanglória mundana. O discípulo trabalha com dedicação na Obra do Mestre, cumpre o seu dever, regozija-se em estar sendo útil na Obra e ressente-se de não poder fazer ainda mais para o seu Senhor. Sua alegria é ver vidas sendo restauradas, pessoas sendo edificadas e almas sendo resgatadas das trevas. Está feliz no serviço de Deus e tem como anelo a aprovação do Mestre.
Que Deus nos abençoe a sermos discípulos verdadeiros que procuram honrar o seu chamado e satisfazem-se na Obra do Mestre.
Que para tanto, o Senhor nos abençoe!
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